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Exportação

Sauditas proíbem insensibilização em frangos e ameaçam embarques do Brasil

Plano da Arábia Saudita de aplicar regras mais rígidas para o abate halal de frangos nos países exportadores é o último revés dos produtores do Brasil

Sauditas proíbem insensibilização em frangos e ameaçam embarques do Brasil

O plano da Arábia Saudita de aplicar regras mais rígidas para o abate halal de frangos nos países exportadores é o último revés dos produtores do Brasil, o maior fornecedor mundial.

Empresas como BRF e JBS, que já lidavam com investigações, com o aumento do custo da ração animal e com a queda das exportações, agora podem ser forçadas a reduzir também a velocidade do abate.

Segundo comunicado do Ministério da Agricultura do Brasil enviado por e-mail, a Autoridade Saudita de Alimentos e Medicamentos argumenta que o procedimento por insensibilização de frangos antes do abate não cumpre os princípios do Islã. Os preceitos do abate halal requerem que os animais estejam vivos para o abate, e a Arábia Saudita agora exige que procedimentos com insensibilização sejam eliminadas a partir de abril.

A mudança também aumentará o desperdício de carne durante o processo de abate devido a resistência dos animais. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a perda de rendimento chegaria a 30% com os novos procedimentos.

Representantes do governo e da indústria do Brasil se reuniram com autoridades da Arábia Saudita na segunda-feira (26/03) para apresentar evidências de que o processo de abate de aves cumpre as exigências do halal na tentativa de convencer o país a rever sua decisão.

O Brasil pediu mais tempo para discussões ou pelo menos para que os produtores se ajustem, mas os importadores têm sido relutantes.