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Economia

Apesar dos desafios do mercado de carne de frango e suína, o setor deve crescer, aponta consultoria

Apesar dos desafios do mercado de carne de frango e suína, o setor deve crescer, aponta consultoria

O cenário atual do agronegócio global e brasileiro, conforme apresentado pelo consultor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, durante a Agrishow deste ano, destacou tendências significativas e projeta os desafios e oportunidades para a safra 2024/2025 assim como para o mercado de carne de frango e suína.

De acordo com o consultor, o Brasil desempenha um papel essencial no mercado global de proteínas, abrangendo a produção e exportação de suínos, frangos, bovinos e produtos lácteos. A análise da participação brasileira na produção e nas exportações globais de proteínas revela pontos significativos que influenciam tanto o mercado interno quanto o externo.

  1. Produção e Exportação de Carnes:
    • Suínos e Frangos: O Brasil continua a ser um dos maiores produtores e exportadores dessas proteínas. A eficiência na produção, combinada com a demanda global, sustenta o Brasil como um player competitivo.
    • Bovinos: Apesar dos desafios como questões sanitárias e barreiras comerciais, a produção e exportação de carne bovina brasileira mantêm uma posição forte no mercado internacional.
  • Laticínios:
    • A indústria de laticínios no Brasil enfrenta uma competição acirrada tanto no mercado interno quanto no externo. No entanto, investimentos em tecnologia e melhoria na qualidade dos produtos estão posicionando melhor o país para aumentar sua participação no mercado global.
  • Fatores Influenciadores:
    • Cenários Econômicos Globais: A flutuação nas demandas internacionais, impulsionada por mudanças econômicas e políticas nos países importadores, tem impacto direto nas exportações brasileiras de proteínas.
    • Questões Sanitárias e Regulatórias: Normas sanitárias rigorosas e mudanças nas políticas de importação nos mercados alvo são cruciais e requerem constante adaptação por parte dos produtores brasileiros.
  • Desafios e Oportunidades:
    • Sustentabilidade e Bem-Estar Animal: A crescente demanda por práticas sustentáveis e de bem-estar animal oferece tanto desafios quanto oportunidades para os produtores brasileiros, que precisam adaptar suas práticas para atender a esses critérios.
    • Inovação Tecnológica: Investimentos em tecnologia na produção animal podem aumentar a eficiência e a qualidade, abrindo novos mercados e melhorando a competitividade.
  • A consultoria destaca que, apesar dos desafios enfrentados pelo setor de proteínas, existem significativas oportunidades de crescimento e expansão, especialmente se os produtores continuarem a adaptar-se às exigências globais e investirem em melhorias na qualidade e sustentabilidade de suas produções.

    Safra 2024/2025

    A consultoria também traz um foco detalhado em grãos e proteínas. A análise abrange desde a demografia da força de trabalho na Índia até as mudanças climáticas que afetam os padrões de produção agrícola.

    A Índia, com a maior População em Idade Ativa (PIA) até pelo menos 2040, representa um potencial significativo de mão de obra que pode impulsionar o desenvolvimento econômico. Este bônus demográfico sugere um aumento na proporção da PIA em relação à população total, favorecendo o crescimento econômico.

    Em relação ao clima, a maioria dos modelos climáticos prevê um período de neutralidade do ENSO durante abril a junho de 2024, seguido por uma provável transição para La Niña entre julho e setembro de 2024. Este fenômeno tem implicações diretas na agricultura, influenciando padrões de chuva e temperatura, essenciais para o planejamento das safras.

    O Brasil, como um jogador chave no mercado global de grãos, apresenta projeções detalhadas para as culturas de soja e milho. A distribuição da produção de soja em 2024/2025 é estimada em 30% para a região Sul e 45% para o Centro-Oeste, enquanto a segunda safra de milho mostra uma concentração ainda maior no Centro-Oeste, com 71% da produção.

    As projeções econômicas também são abordadas, destacando os desafios como a falta de armazenagem que provoca excesso de oferta e pressiona os prêmios de exportação, e as estratégias falhas de comercialização que podem se repetir na nova safra. Além disso, o documento analisa a evolução dos preços da soja e do milho no mercado internacional e suas implicações para os produtores brasileiros.

    Globalmente, os estoques são suficientes para cobrir 110 dias de consumo, podendo aumentar se os EUA tiverem uma safra completa em 2024/2025. Este contexto global interconectado ressalta a importância de uma análise cuidadosa e uma estratégia adaptativa para maximizar a eficiência e a rentabilidade no agronegócio.

    Em conclusão, o documento de Carlos Cogo oferece uma visão abrangente das condições atuais e futuras do agronegócio, enfatizando a necessidade de estratégias informadas e adaptativas para enfrentar os desafios iminentes e aproveitar as oportunidades emergentes no setor.