Redação SI 19/01/2004 – 08h50 – A antiga unidade industrial de abate e processamento de suínos da Chapecó Companhia Industrial de Alimentos, recém-arrendada pela Coopercentral Aurora, em Chapecó, entra novamente em funcionamento na próxima semana. A retomada da produção será lenta e gradual, com a contratação de 200 trabalhadores e ativação inicial de algumas linhas.
A Aurora um dos dez maiores conglomerados agroindustriais do país anunciou em 8 de dezembro o arrendamento da Chapecó por tempo indeterminado, com opção de compra que pretende exercer oportunamente.
Nesta semana, o Conselho de Administração da Coopercentral e os dirigentes das 17 cooperativas filiadas, tendo à frente o presidente José Zeferino Pedrozo, o vice-presidente Mário Lanznaster e o diretor de Administração Luiz Hilton Temp, inspecionaram longamente toda a planta industrial em companhia do gerente geral da unidade, Edilson Mário Tavares. A avaliação foi positiva: máquinas, equipamentos, instalações e setores de apoio estão em ótimas condições.
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O vice-presidente Mário Lanznaster a quem cabe a supervisão das plantas industriais do conglomerado expôs que a Aurora não fará abates na unidade da Chapecó, mas a utilizará para industrializar carcaças suínas transferidas de outras plantas e produzir até 8.000 toneladas mensais de produtos acabados das linhas de salsichas, lingüiças defumadas, lingüiças frescais, presuntos, apresuntados, mortadelas e salgados obrigatórios. (Com a previsão de que a exportação de carne suína para a Rússia será reduzida em 50% em 2004, metade das carcaças destinadas àquele mercado serão direcionadas à nova unidade e transformadas em produtos elaborados.)
Nos primeiros meses serão produzidos apenas lingüiças frescais e apresuntados e, em seguida, a linha de produtos será paulatinamente ampliada. O número de empregados chegará à 200 em final deste mês de janeiro, sobe para 400 em março e chega a 600 no segundo semestre. Cerca de 70% do pessoal recrutado são ex-empregados da Chapecó Alimentos.
Desde o dia 8 de dezembro, quando o corpo técnico da Aurora assumiu o controle da unidade, estão sendo revisados, limpados e religadas as máquinas e os equipamentos da linha industrial.
O arrendamento e a expectativa de compra ampliam a importância relativa da Coopercentral Aurora no cenário nacional. A capacidade instalada de abate cresce 25% (de 9.600 para 12.300 suínos/dia) e, de industrialização, 50% (de 13.500 para 21.500 toneladas/mês).
A Aurora paga aluguel de R$ 10,8 mil reais/dia e em caso de futura compra, já há um preço-referência ajustado contratualmente de R$ 58 milhões de reais. Além da indústria de suínos, o arrendamento alcança quatro granjas de suínos (Palmital, São Roque, Caravaggio e Tope da Serra).
