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Estudo explora benefícios dos probióticos na alimentação de pintinhos

Estudo explora benefícios dos probióticos na alimentação de pintinhos

A suplementação da dieta de pintinhos com probióticos por 21 dias aumentou significativamente a abundância de microrganismos intestinais benéficos, segundo uma nova pesquisa da Penn State University, nos EUA.

A investigação aborda a resistência antimicrobiana e o uso de antimicrobianos na alimentação do gado, explorando aditivos naturais como alternativas aos promotores de crescimento antimicrobianos.

Os resultados do estudo, liderado por Erika Ganda, professora assistente de microbiomas de animais para alimentação, serão publicados na edição de maio da Poultry Science. A pesquisa envolveu 320 pintinhos de um dia, criados por 21 dias em 32 gaiolas alocadas aleatoriamente.

Ganda afirmou que a eliminação de promotores de crescimento antimicrobianos pode aumentar doenças e diminuir o desempenho de crescimento em pintinhos, destacando a importância de alternativas sem antibióticos.

O estudo comparou quatro dietas experimentais: uma dieta padrão, uma dieta padrão com antibiótico bacitracina metileno disalicilato, uma dieta padrão com uma mistura de óleos essenciais (orégano, alecrim e pimenta vermelha) e uma dieta padrão com o probiótico Bacillus subtilis.

Os probióticos são microrganismos vivos que beneficiam a saúde do hospedeiro, enquanto os óleos essenciais possuem propriedades antioxidantes, imunomoduladoras e antimicrobianas. Durante o estudo, os frangos foram pesados individualmente no dia 1, 10 e 21, e a ração consumida foi monitorada. Foram calculados ganho de peso diário, consumo de ração e taxa de conversão alimentar.

A análise do DNA das amostras de excrementos coletadas diariamente revelou que a suplementação com probiótico ou antibiótico alterou significativamente a abundância relativa de cepas bacterianas em comparação com a dieta padrão. Os óleos essenciais, no entanto, não mostraram efeito significativo no microbioma.

Ana Fonseca, estudante de pós-graduação envolvida no estudo, observou que os resultados dos óleos essenciais foram inesperados, pois não mostraram efeitos significativos no microbioma ou no desempenho dos pintinhos. Ela sugeriu que os óleos essenciais podem ter um efeito mais significativo em animais mais velhos com um microbioma mais estável, indicando a necessidade de mais pesquisas nesse contexto.