Redação AI 10/04/2003 – O crescimento das exigências da Europa em relação a resíduos nos alimentos faz com que a rastreabilidade ganhe importância para manter as exportações.
A gerente de garantia e segurança dos alimentos da Sadia, Ivone Delazari, destacou que é importante ter o histórico de cada lote de animais em toda a cadeia produtiva, como alimentação, medicação, transporte e condições de manejo. Em cada fase do processo produtivo é necessário registrar acontecimentos que possam ajudar a detectar problemas.
Ivone afirmou que algumas doenças são hereditárias e por isso é necessário identificar as matrizes. A passagem de um lote de animais em zona que não é livre de aftosa também representa risco. O uso inadequado de medicação pode resultar em resíduos que seriam identificados mais tarde.
Em resumo, cada pedaço de frango consumido na Europa, Oriente Médio ou Brasil deve ter informações que possam levá-lo a um avicultor de Chapecó, por exemplo. Ivone destaca que as agroindústrias já possuem mecanismos de rastreabilidade, mas que o sistema ainda é trabalhoso.
Além disso, no processo de industrialização, cada lote de 16 mil aves pode se transformar em milhares de pedaços. As indústrias estão tomando medidas para se precaver do alimento fornecido às criações, que pode conter substâncias proibidas. A Sadia realiza testes em toda a ração e farelo de soja para evitar transgênicos.
Algumas análises chegam a custar US$ 300. As análises de nitrofurano também foram intensificadas. O Simpósio Brasil Sul de Avicultura se encerra hoje (10), no Lang Palace Hotel, em Chapecó.
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