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Comércio da Fronteira gaúcha já sente efeitos da doença

A oferta de carne caiu na região, refletindo na queda do poder aquisitivo da população.

Redação SI 11/05/2001 11:01 – A economia de Garruchos (RS), na fronteira com a Argentina, já começa a sentir os efeitos da volta da febre aftosa aos rebanhos bovinos do Estado. De acordo com o jornal Zero Hora, comerciantes do município percebem no caixa dos estabelecimentos a diminuição do volume de dinheiro no bolso da população.

A pequena cidade, com 3,6 mil habitantes, sem asfalto e atendida apenas por uma central telefônica, é uma das 25 que integram o cinturão sanitário de vacinação contra a doença. A economia se sustenta, principalmente, com os rendimentos da produção e comercialização de leite e carne bovina. O abate clandestino, que até cerca de dois meses atrás era praxe, agora vem sendo combatido com rigor. Nesse período, apenas um abatedouro regularizado concentra a matança de gado para a venda de carne.

Mas os preços considerados elevados pelos donos de açougues faz cair a margem de lucro e o produto desapareceu do mercado. “Meu faturamento caiu cerca de 20% nos últimos 30 dias. Não temos carne suína, ovina ou bovina, salvo a um custo elevado demais”, diz o comerciante João da Rosa. O quilo do traseiro bovino, que custava R$ 4,50, não sai por menos de R$ 5,50 na região. A carne de segunda passou de R$ 3,20 para R$ 4,40.