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Economia

Suinocultor cearense quer elevar taxas para produtos de fora

Problemas econômicos e sanitários podem atingir a atividade no Ceará.

Suinocultor cearense quer elevar taxas para produtos de fora

Vivendo um momento de crise, a suinocultura cearense já escolheu a principal medida para tentar acabar com o momento ruim do setor: combater os produtores de outros estados. Em reunião realizada ontem na Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), diversos criadores resolveram enviar à Secretaria da Fazenda (Sefaz) uma solicitação para que haja um aumento de mais de 100% do imposto cobrado sobre animais que vêm de fora. Segundo eles, essa seria a principal medida para reequilibrar o mercado de suínos no Estado.

“Devido à crise da suinocultura em locais como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde o quilo vivo chega a ser vendido por apenas R$ 1,50, os produtores desses estados estão trazendo para o Ceará animais vivos e carcaças por valores muito abaixo do que é gasto na criação, para que eles possam pelo menos reduzir suas inevitáveis perdas. Isso faz com que os preços despenquem e os produtores daqui acumulem prejuízos. No geral, estamos perdendo de R$ 20,00 a R$ 30,00 por animal”, diz o presidente da Associação dos Suinocultores do Ceará (ASCE), Paulo Hélder de Alencar.

Para o presidente da Faec, Flávio Sabóia, uma elevação na taxa paga por produtores de outros estados é uma boa alternativa, mas não a única. “Hoje, um criador de fora do Estado paga R$ 20,00 por cabeça para trazer suíno de abate e o ideal seria que esse valor subisse para R$ 50,00. Iremos propor isso à Sefaz, mas também queremos uma maior atuação da Agência de Defesa Agropecuária (Adagri) nas fronteiras para burocratizar o processo e desestimular a chegada de mais animais”, explica.

Problemas à saúde

Fora o prejuízo financeiro, outra preocupação expressada pelos criadores de suínos na reunião de ontem foi com relação à chegada de animais oriundos de estados que ainda não estão livres da febre aftosa, caso de Paraíba e Rio Grande do Norte. Segundo o presidente da Adagri, Francisco Augusto de Souza Júnior, porém, a fiscalização vem sendo feita rigorosamente. “Animais infectados não entram no nosso Estado. Todos os cuidados estão sendo tomados”.

Prejuízo

30 reais chega a ser a perda contabilizada por animal pelos produtores cearenses.