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Efeito negativo

<p>Valorização cambial afeta receita de exportações de frango.</p><p></p>

Redação 16/02/2005 – Os embarques brasileiros de carne de frango somaram US$ 199 milhões em janeiro de 2005, alta de 20,53% sobre o mesmo período de 2004, de acordo com a Abef (reúne os exportadores de frango). Os volumes destinados ao mercado externo no período totalizaram 188 mil toneladas, um incremento de 16,6% sobre janeiro de 2004.

Os números – considerados positivos pela Abef – revelam, quando destrinchados, o efeito negativo da valorização cambial nas exportações. Conforme cálculos do diretor-executivo, da Abef, Cláudio Martins, considerando o preço médio na exportação em janeiro deste ano, as cotações em dólar registram uma alta de 3,89%. Se transformados em real, no entanto, os preços na mesma comparação mostram uma queda de 7,5%. “Houve queda de preços em real”.

Além da estratégia de tentar recuperar os preços em dólar na exportação para compensar as perdas com a alta do do real, o executivo defende que os exportadores possam ter contas em dólares no país . Isso reduziria a pressão da entrada de dólares das vendas externas e permitiria ao exportador utilizar os recursos em outras operações no exterior, por exemplo.

No primeiro mês deste ano, o Japão e a Arábia Saudita seguiram como os principais mercados para o frango brasileiro. As vendas para o Japão somaram US$ 39 milhões, com alta de 67% sobre igual mês de 2004. Os embarques para a Arábia Saudita totalizaram US$ 33 milhões, aumento de 57% sobre janeiro do ano passado.

A suspensão pela Rússia, em novembro do embargo ao frango brasileiro, também contribuiu para o resultado em janeiro, segundo Martins. O país comprou 4,405 mil toneladas no mês, 11,93% mais que no mesmo mês de 2004.

O executivo também destacou a Venezuela – cujo mercado foi aberto em meados de 2004 – e que já é o sexto maior comprador de frango brasileiro.

Segundo ele, os exportadores esperam elevar as vendas este ano com a abertura da Coréia do Sul e da China, além de Malásia e Chile.