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Brasil poderá ganhar com embargo das exportações das aves belgas

Bélgica e Holanda estão com casos de gripe aviária e cerca de 2,5 milhões de aves já foram abatidas.

Redação AI 21/04/2003 – O Brasil poderá ter novas oportunidades de negócio na Europa com o embargo decretado às exportações das aves belgas devido à peste aviária, depois da mesma proibição ter sido decretada na Holanda. Além do embargo, imposto até ao final do mês, foi determinado o abate imediato de aproximadamente 250 mil aves.

A determinação foi feita depois de um caso suspeito da doença, também conhecida por gripe aviária, ter sido detectado na última terça-feira (15). Devido ao mesmo problema, a Holanda teve de abater cerca de 2,5 milhões de aves no passado mês de março. Um diplomata brasileiro disse à Agência Lusa que essa situação sanitária pode representar boas oportunidades de negócio ao mercado brasileiro de aves. No entanto, a mesma fonte advertiu que os exportadores brasileiros de frango também podem ser surpreendidos com medidas protecionistas mais severas por parte da União Européia. Atualmente, o Brasil é responsável por 31% do comércio mundial de frango.

O Japão e Arábia Saudita, reconhecidamente grandes compradores mundiais de frango, embargaram em março a compra de carne de frango européia, ainda que com isso contrariassem o princípio de regionalização. De acordo com o diplomata brasileiro, nesses casos, é prevista apenas a suspensão das importações das áreas infectadas e não do país ou região, como aconteceu. O Japão ainda foi além e embargou temporariamente as importações de produtos avícolas dos Estados Unidos como um todo. Porém, após tomar a medida, o Japão acabou voltando atrás.

Na Holanda, os primeiros focos da doença foram descobertos no início de março, na província de Gelderland, bem próxima da fronteira com a Alemanha. As autoridades comunitárias tomaram as mesmas medidas aplicadas nesta quinta-feira à Bélgica, para tentar conter a disseminação da doença, “ilhando” os holandeses. Na época, o governo belga chegou a tomar medidas preventivas para tentar evitar que a doença cruzasse a fronteira, o que se vê agora que foram insuficientes.