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Soja

Demanda externa pela soja brasileira se manteve aquecida na primeira quinzena de março

Demanda externa pela soja brasileira se manteve aquecida na primeira quinzena de março

Os preços do óleo de soja subiram no mercado brasileiro em março, impulsionados pela maior demanda doméstica, especialmente por indústrias alimentícias. A preferência por volumes para médio prazo reflete a expectativa de aumento na produção de biodiesel no Brasil, onde o óleo de soja é a principal matéria-prima, representando cerca de 70% do total.

Segundo o Cepea, o preço médio do óleo de soja bruto e degomado na região de São Paulo foi de R$ 5.098,00/tonelada em março, 6,3% acima de fevereiro, mas 13,2% abaixo de março do ano anterior. Por outro lado, os preços do farelo de soja tiveram queda, com o aumento da demanda por óleo gerando excedente de oferta de farelo.

O “crush margin” das indústrias brasileiras caiu 17,78% de fevereiro para março, com destaque para a participação do óleo de soja na margem da indústria, que foi de 37,5% no último dia útil de março, a maior desde dezembro de 2022.

A demanda externa pela soja brasileira também esteve aquecida, especialmente na primeira quinzena de março. As exportações do grão somaram 22,09 milhões de toneladas no primeiro trimestre, um recorde para o período e 15,7% acima do mesmo intervalo de 2023. No entanto, o valor médio recebido pelas exportações foi o menor desde 2019, a R$ 136,30/sc de 60 kg, em termos reais.

Chuvas no Sul e Sudeste brasileiro interromperam pontualmente a colheita de soja em março, com 71% da área nacional colhida até o dia 31, contra 74,5% do mesmo período do ano anterior. Os Estados Unidos também tiveram aumento nos contratos futuros da soja, refletindo a valorização do óleo de soja devido à demanda do setor de biodiesel.