A agricultura empresarial movimenta R$ 40 bilhões em créditos com condições controladas e regulamentadas pelo governo anualmente e R$ 60 bilhões em condições de livre mercado, negociações diretamente entre banco e agricultores. Mas, de acordo com os executivos do Itaú BBA, as emissões de títulos ainda é limitado o número de produtores que possuem gestão interna que o possibilitem captar empréstimos junto aos bancos. O assunto foi tratado durante o I Workshop sobre Financiamento à Agricultura promovido pela instituição para jornalistas.
Diretor de Produtor Rurais do Itaú BBA, Antônio Carlos Ortiz, enfatizou que a emissão de títulos bancários para produtores seria uma alternativa economicamente viável porém ainda falta evoluir. “ Não é qualquer é um que está preparado(…) Quase ninguém tem números auditados. É necessário ter contabilidade, política de gestão de risco e depois demonstrar isso ao investidor”, explicou. “Uma organização transparente, com números auditados, contabilidade consolidada, diminui os riscos para o investidor”, aponta.
Ortiz esclareceu que o alternativas de financiamento como o CRAs, do Governo Federal, é mais usado por tradings agrícolas. Para o executivo, a parcela de agricultores que poderiam realizar emissão de títulos como este é pequeno mas tende a aumentar conforme houver esclarecimento e mecanismos no mercado que aumentem as condições de financiamento de toda a cadeia produtiva.