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Suinocultura

A ‘força’ das granjas independentes é apontada em relatório atualizado da ABCS; assista a entrevista do consultor de mercados da Associação

A ‘força’ das granjas independentes é apontada em relatório atualizado da ABCS; assista a entrevista do consultor de mercados da Associação

Apesar da crise que assolou o setor suinícola do Brasil recentemente, as granjas independentes se mantêm fortes. É o que aponta o documento “Retrato da Suinocultura Brasileira” edição 2024, desenvolvido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS).

O material traz um compilado da suinocultura do país com dados atualizados a partir de números do Mapeamento da Suinocultura Brasileira de 2015.

“Normalmente, em uma crise, o que se pensa é que os produtores que não estejam no sistema verticalizado, possam ter mais dificuldades em acessar o mercado, de comportar os elevados custos de produção por não estarem ligados a uma grande indústria. No entanto, a surpresa foi notar que um terço da suinocultura nacional das matrizes está nas mãos de produtores independentes”, comenta o consultor de mercados da ABCS e autor do estudo, Iuri Machado.

Para Machado, isso se deve a algumas motivações, incluindo as regionais. Mas um ponto levantado pelo consultor é que o consumo per capita da população aumentou significativamente nos últimos cinco anos. “E esse crescimento se deu no consumo da carne suína in natura, não em produtos processados ou industrializados. E, a participação do produtor independente no mercado in natura é bastante significativa”, avalia.

Crescimento do setor

O relatório também revela o crescimento significativo do setor. Em nove anos, o volume de produção da suinocultura aumentou em mais de 50% em peso de carcaça, segundo Machado. Outro destaque mostrado no estudo é o movimento expressivo das exportações.

“A partir do momento que começamos a exportar para a China após o problema asiático de redução do plantel em razão da peste suína africana, o Brasil mudou de patamar com mais de um milhão de toneladas de carne suína exportadas por ano”. 

Com esse volume de produção, a suinocultura empregou cerca de 151 mil pessoas de maneira direta, e mais de 1.102.422 de empregos indiretos, proporcionando uma massa salarial de mais de R$ 6,2 bilhões de reais só em 2023.

Machado concedeu uma entrevista exclusiva ao portal Agrimídia, abordando estes e outros dados interessantes obtidos no estudo – que pode servir de suporte para políticas públicas e referência para novos investidores privados no setor.

Assista a entrevista completa: