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Pesquisa mostra segurança de sementes geneticamente modificadas de milho e soja na alimentação de animais

Em animais alimentados com sementes geneticamente modificadas de soja e milho não foi observada nenhuma diferença significativa na digestão, ganho de peso etc.

Da redação 12/05/01 11:10 – Um estudo realizado durante quatro anos com grupos distintos de galinhas, vacas leiteiras, gado de corte e carneiros, coordenado por Jimmy Clark, professor de Nutrição de Ruminantes do Departamento de Ciências Animais da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, comprova: em animais alimentados com sementes geneticamente modificadas de soja e milho não foi observada nenhuma diferença significativa na digestão, ganho de peso, saúde global, produção e, principalmente, composição do leite, no caso das vacas leiteiras, quando comparados com aqueles cuja dieta foi composta por sementes tradicionais no mesmo período.

“Baseado no resultado da análise de segurança de cada semente, o consumo humano de leite, carne e ovos produzidos por animais alimentados com sementes geneticamente modificadas é tão seguro quanto o de produtos derivados de animais que consumiram sementes convencionais”, atesta Clark.

Jimmy Clark foi o responsável pela análise de 23 experimentos conduzidos durante quatro anos em universidades nos Estados Unidos, Alemanha e França. Em cada estudo, grupos distintos de galinhas, vacas leiteiras, gado de corte e carneiros tiveram sua dieta alimentar composta apenas por sementes geneticamente modificadas ou tradicionais de soja e milho.

Nos experimentos conduzidos por Clark, o milho usado foi geneticamente modificado com um gene do Bacillus truringiensis, encontrado naturalmente no solo e que tem ação inseticida contra pragas que atacam as lavouras. Já as sementes de soja utilizadas foram produzidas pela inserção de um gene que a torna tolerante ao herbicida cujo princípio ativo é o glifosato, o que permite que o agricultor extermine as plantas daninhas sem nenhum prejuízo à soja.

Clark acrescenta que cerca de 70% das sementes geneticamente modificadas produzidas no mundo e 80% das de milho nos Estados Unidos são destinadas à alimentação animal. “Desde a introdução da biotecnologia na agricultura, em 1996, estes grãos são utilizados na dieta de animais de fazendas e não houve qualquer espécie de efeitos residuais do seu uso”, acrescenta o cientista. Em outros estudos, o valor nutritivo das sementes geneticamente modificadas de milho e soja foi comparado ao dos grãos tradicionais. As experiências comprovaram que não existem diferenças significativas na composição de ambas.

Mais informações estão disponíveis na página do Departamento de Ciências Animais da Universidade de Illinois, campus de Urbana-Campaign, na Internet, no endereço www.ansci.uiuc.edu