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Preços não páram de subir

O IGP-M de outubro de 2002 foi de 3,87% e ainda há previsões de aumento para vários produtos até o final do ano.

Redação 31/10/2002 – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) foi de 3,87% em outubro, a terceira maior taxa da era do Real. O recorde anterior, de julho de 1994, era de 40%, porcentual contaminado, contudo, por resíduos do período anterior ao plano econômico, lançado no dia 1 daquele mês, assim como os 7,56% registrados em agosto de 1994. O vilão da inflação recorde foi a variação cambial, que fez os preços subirem 5,62% no atacado. No varejo, com o repasse ainda pequeno do dólar, a inflação foi de apenas 0,91%.

De acordo com analistas econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação ainda não chegou tanto aos produtos finais no atacado. Foi mais forte nas matérias-primas brutas e intermediárias. No caso das matérias-primas brutas, o aumento foi de 8,46%. Já nas matérias semi-elaboradas, de 5,37%. Na alimentação, a variação de preços no atacado foi de 6,70% e nos bens duráveis, de 2,81%.

Por produtos, as maiores contribuições para a inflação no atacado em 2002 foram: soja (aumento de 17,15%), trigo (31,78%), milho (19%) e óleos combustíveis (15,95%). Houve repasses significativos no caso do óleo de soja, que subiu 8,39% no atacado e 10,19% no varejo. E é possível que ocorram novos aumentos no óleo para o varejo. A farinha de trigo já subiu 66,07% no atacado este ano, o pão francês, que utiliza a farinha, subiu 22% de janeiro a outubro.

Produtos que ainda devem sofrer reajuste nos preços ainda este ano, segundo o Banco Central:

 
Gasolina   Gás de cozinha  Energia 
 9%               16,6%                 3,8%
Fonte: FGV e Agência Folha