Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Energia é crucial, afirma Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff comemorou mais um recorde do agronegócio em cerimônia de abertura da colheita de safra de grãos 2013/14, realizada ontem em Lucas do Rio Verde (MT).

Energia é crucial, afirma Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff comemorou mais um recorde do agronegócio em cerimônia de abertura da colheita de safra de grãos 2013/14, realizada ontem em Lucas do Rio Verde (MT). A estimativa é de que sejam colhidos pelo menos 193 milhões de toneladas, de acordo com o anúncio da mandatária e cálculo da Conab. A projeção não considera os estragos causados na Lavoura neste início de ano em razão da falta de chuva.

A presidente falou ainda sobre a importância da energia para garantir a aplicação de tecnologia e a inovação nos processos produtivos: “Ninguém produz sem energia”, afirmou. “O fornecimento de energia é algo crucial para uma produção de alta tecnologia”, disse, logo após ensaiar dirigir uma Colheitadeira.

Ao discurso correto faltou acrescentar que o governo federal precisaria investir pelo menos R$ 26 bilhões anuais em média, até 2022, na geração, e outros R$ 6 bilhões na transmissão, para garantir o abastecimento de energia ao campo e às cidades. Cifra bastante inferior tem sido direcionada ao setor: cerca de R$ 10 bilhões ao ano, em média. Dessa forma, a produtividade do país fica mais na dependência da meteorologia do que dos planejamentos e dos investimentos públicos.

Ao destacar os ganhos crescentes do agronegócio, Dilma alertou para o esforço que todo o país precisa fazer afim de atingir o mesmo desempenho desse setor. Caminho apontado por ela para manter a redução da desigualdade e ampliar a classe média, “que é 55% da nossa população”, enfatizou. Para a presidente, alguns fatores que podem restringir o aumento de produtividade são a oferta de crédito, a Infraestrutura Logística e o fornecimento de energia, mencionado por ela como fundamental.

Escoamento

Os modais integrados – Rodovias, ferrovias e hidrovias – para o escoamento da produção até os portos foram defendidos por Dilma, a despeito de todas as obras de Infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as concessões terem sido atropeladas pelo calendário. Esse nó, aliás, foi o tema do encontro que Dilma manteve com empresários do agronegócio pouco antes do evento em Lucas do Rio Verde. A maior demanda do setor é a agilização dos investimentos em Infraestrutura.

Os agricultores citaram em documento entregue à presidente a necessidade de acelerar o asfaltamento da BR-163, que liga Sinop (MT) a Santarém (PA) – “assim teremos o transporte de produtos alimentícios com maior segurança e custos bem inferiores”, afirmam, no texto assinado por várias entidades representativas do agronegócio mato-grossense. Elas alertam também sobre o prejuízo que o atraso na Ferrovia de Integração do Centro-Oeste traz para toda a sociedade brasileira e reclamam do pouco empenho do governo em investir no transporte de cargas no sistema hidroviário.