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Endividamento menor ajuda a valorizar ações do agronegócio

As empresas com menor dívida ou com menor endividamento no curto prazo são as preferidas dos investidores.

Redação (7/4/2009) – Duas das onze maiores empresas do agronegócio listadas na BM&F Bovespa tiveram desempenho acima do Ibovespa neste ano. A expectativa de consumo maior de fertilizantes em 2009 – em compensação à queda de 8,9% em 2008 – ajudou a valorizar, do início do ano até ontem, em 33,84% os papéis da Fosfértil, a maior empresa do setor. A esperada queda na oferta mundial do açúcar puxou os papéis da usina São Martinho, que acumulam alta de 38% no período, acima da valorização de 17,62% do índice na bolsa paulista.

De forma geral, as empresas com menor dívida ou com menor endividamento no curto prazo são as preferidas dos investidores. Apesar de toda a queda nas exportações de carne bovina – que no bimestre apresentam retração de 35% -, o JBS Friboi, o maior em processamento de bovinos no mundo, viu seus papéis se valorizarem 12,9%, enquanto os do Marfrig subiram 4,26% e os do Minerva caíram 1,62%.

"O JBS fez um bom trabalho ao reduzir seu endividamento. Acredito que o mercado está dando mais importância a esse quesito do que antes da crise", avalia Denise Messer, da Corretora Brascan. A companhia reduziu a relação dívida líquida/geração de caixa de 3,74 vezes em 2007 para 1,95 vez em 2008, ao contrário do Minerva, que aumentou de 3,2 vezes para 6 vezes. A Sadia, que elevou essa relação de 3,3 vezes para 5,8 vezes, viu suas ações terem a maior queda do agronegócio (17%) até o momento.