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Economia

Brasil e China crescem no Banco Mundial

O Bird aumentou o poder de voto dos países em desenvolvimento na instituição.

A China obteve mais uma vitória na luta para entrar para o clube dos que têm poder de decisão sobre a economia mundial. Ontem, em Washington, o Banco Mundial (Bird) aumentou o poder de voto dos países em desenvolvimento na instituição. A decisão virá acompanhada da elevação em mais de US$ 86 bilhões do aporte de capital da instituição, que também passará por reformas para se tornar mais rápida, flexível e transparente. As mudanças beneficiam o Brasil, que junto com a China, defende a reforma das instituições financeiras globais criadas após a Segunda Guerra Mundial.

Com a medida aprovada pelos 186 países que integram o Bird, o poder de voto das nações em desenvolvimento subiu para 47,19%. Já a participação do Brasil passou de 2,06% para 2,24%.

A alteração já havia sido acertada no ano passado pelos líderes do G-20, grupo que reúne a União Européia e as 19 nações mais desenvolvidas. Na ocasião, houve acordo para a mudança sobre 3% no poder geral de votação no Banco Mundial e 5 % no FMI.

Os Estados Unidos, que comandam o Bird desde a sua criação, em junho de 1946, continuarão detendo a maior parcela do controle, hoje em 16,39%, seguido do Japão, com 7,86%. Com a mudança na composição do capital, a China passará ao terceiro posto de importância no banco, superando Alemanha, França e Reino Unido, que detinham, cada uma, menos de 5% de participação.

Em 20 anos, esse é o primeiro aumento de capital do Banco Mundial. “O capital extra poderá ser usado para criar empregos e proteger os países mais vulneráveis por meio de investimentos em infraestrutura, em pequenas e médias empresas e políticas de proteção social”, afirmou o presidente da entidade, Robert Zoellick.

O banco empresta recursos aos governos para obras e projetos governamentais de geração de emprego e renda. Atualmente, há 62 programas de empréstimo em andamento no Brasil, totalizando mais de US$ 8 bilhões em financiamentos.