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Food Outlook

Produção de carne de aves deve crescer em ritmo lento aponta FAO

Relatório “Food Outlook” da organização aponta que Brasil, Federação Russa, Turquia, Estados Unidos e México provavelmente registrarão ganhos de volume significativos; no entanto, estes serão compensados por declínios previstos na China e na República Islâmica do Irã.

Produção de carne de aves deve crescer em ritmo lento aponta FAO

Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura através do relatório “Food Outlook”, apontam que a produção global de carne de aves deve atingir 139 milhões de toneladas em 2022, crescendo a um ritmo lento de 0,8%, já que os aumentos previstos nas Américas, Ásia, África e Oceania provavelmente serão compensados por declínios previstos na Europa. A publicação mostra que Brasil, Federação Russa,Turquia, Estados Unidos e México provavelmente registrarão ganhos de volume significativos; no entanto, estes serão compensados por declínios previstos na China e na República Islâmica do Irã.

A organização estima que deve haver um aumento na demanda global por suprimentos de carne do Brasil devido a interrupções nas exportações de carne da Ucrânia, juntamente com restrições às exportações de outros principais produtores de carne, principalmente decorrentes de surtos de Influenza Aviária e margens de lucro apertadas.

Já a produção de carne de aves na Federação Russa provavelmente se recuperará de uma contração de dois anos, ajudada pelo aumento da disponibilidade de grãos grossos. A alta demanda externa, especialmente do Oriente Médio, deve sustentar a expansão da produção em Turquia. A produção de carne de aves nos Estados Unidos provavelmente será um pouco maior em 2022, refletindo um possível aumento na eficiência da produção para combater os altos preços dos grãos para alimentação animal, crescimento moderado da demanda devido ao aumento dos preços no varejo e o impacto dos surtos de Influenza Aviária.

Por outro lado, a produção de carne de aves da China deverá cair, dada a alta probabilidade de os consumidores voltarem para a carne suína – a opção de carne preferida para muitos consumidores – com a recuperação contínua da produção do setor. Enquanto isso, a escassez e os altos preços mundiais de ração e a menor demanda devido ao aumento dos preços da carne de aves provavelmente reduzirão a produção na República Islâmica do Irã.

Demanda firme nas exportações

Fonte: FAO - Food OutlookEm relação as exportações a Organização prevê 16,2 milhões de toneladas, um aumento de 2,1% em relação a 2021, impulsionadas por prováveis expansões de importações na Ásia, que podem ser parcialmente compensadas por uma queda substancial prevista na Europa. Em nível de país, Reino Unido, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, União Europeia, Cazaquistão e China devem importar mais carne de aves em 2022 para atender à crescente demanda doméstica, principalmente induzida por rebotes no HRI atividades e melhores perspectivas econômicas em alguns países. Em contrapartida, para a Federação Russa estão previstas importações menores, devido ao provável aumento da produção nacional, à recente desvalorização da moeda nacional e ao aumento dos preços das aves.

As importações mais baixas também são previstas para a Arábia Saudita, refletindo as proibições de importação impostas às fábricas de processamento em vários países exportadores e a perda de exportações da Ucrânia, após a invasão russa, que poderia ser apenas parcialmente compensada pelo aumento das importações da Tailândia, beneficiando da retirada de um contrato de 18 anos proibição de importação, em março de 2022.

O relatório aponta que a grande parte do aumento da demanda será atendido pelo Brasil, Turquia, União Européia, Reino Unido e Tailândia. Brasil, Turquia e Tailândia podem se beneficiar da lacuna de demanda deixada pela suspensão abrupta das exportações de carne da Ucrânia.

Entretanto, a publicação aponta que as exportações deverão aumentar moderadamente tanto a partir da União Europeia como entre a União Europeia e o Reino Unido, beneficiando da maior procura por parte de alguns países africanos e da possível flexibilização dos controlos comerciais do Reino Unido sobre as importações provenientes da União Europeia.