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Sanidade

Gripe aviária na Ásia ajuda a reforçar demanda por frango do Brasil

Os números da Ubabef incluem vendas de frango inteiro, cortes, salgados e industrializados.

Gripe aviária na Ásia ajuda a reforçar demanda por frango do Brasil

A demanda externa pela carne de frango do Brasil tem sido reforçada por conta dos casos de gripe aviária em alguns países da Ásia, uma vez que cresce o interesse de importadores por origens com mais garantias de segurança sanitária, disse o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

“Tem temores sobre a gripe aviária… Com a desconfiança, alguns mercados começam a buscar (oferta) em lugares alternativos, por causa da sanidade”, disse à Reuters Francisco Turra.

Hong Kong, Coreia do Sul e China estão entre os países que registraram casos recentes de gripe aviária e aumentaram abates como forma de evitar a expansão da doença.

Os embarques totais de carne de frango do Brasil, o maior exportador global do produto, cresceram 3,3 por cento em janeiro, totalizando 300 mil toneladas neste ano, frente as 290,4 mil toneladas do primeiro mês de 2013, informou a Ubabef nesta terça-feira.

Os números da Ubabef incluem vendas de frango inteiro, cortes, salgados e industrializados.

Na véspera, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) –que divulga dados apenas referentes aos embarques de carne in natura– informou vendas externas de 270 mil toneladas, 3,8 por cento maior ante janeiro de 2013.

“O primeiro mês já indicou que efetivamente nossa previsão de recuperação é verdadeira, em função do dólar e boa demanda mundial, decorrente de problemas em alguns mercados, principalmente gripe aviária na Ásia.”

A indústria espera um crescimento de 3 a 4 por cento nas exportações de carne de frango do Brasil neste ano, podendo atingir o recorde de 4 milhões de toneladas.

A receita com os embarques de carne de frango do Brasil cresceu 12,3 por cento em reais ante um ano atrás atingindo 1,35 bilhão de reais, graças ao incremento em volume e um câmbio favorável –o dólar mais forte frente ao real deixa as exportações do brasileiras mais competitivas.

Pelo acompanhamento da Ubabef, com base em valor médio do Banco Central, o dólar médio ficou 2,3816 reais em janeiro deste ano, contra 2,0305 reais no mesmo mês do ano passado.

O faturamento em dólar teve queda de 4,2 por cento no mês, para 566,9 milhões de dólares, contra 592 milhões de dólares no ano passado.