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Leia na AI: Bem-estar animal da cadeia de produção de perus

Leia na AI: Bem-estar animal da cadeia de produção de perus

Helenice Mazzuco – Pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves

A produção de perus no Brasil tem sofrido redução ao longo dos anos e, em 2022, a quantidade de carne produzida foi de apenas 162,27 mil toneladas, sendo que 63,5% desse volume permaneceu para consumo do mercado interno e 36,5% foi exportado (ABPA, 2023). 

Nas criações comerciais de perus, as recomendações técnicas da linhagem alojada devem ser seguidas considerando o sistema produtivo e o produto final desejado. 

Resumidamente, a produção comercial é distribuída em perus machos pesados ou perus fêmeas leves e pesadas. Vale informar que o  mercado direciona essa produção em aves abatidas e comercializadas inteiras ou que seguem para o processamento e fabricação de embutidos (defumados curados, principalmente de peitos de peru).

As fêmeas com 16 semanas chegam a aproximadamente 12 kg e os machos na mesma idade aproximam-se dos 17 kg. Para maior rendimento de carcaça, eles podem obter entre 22 e 22 kg de peso vivo em até 17-18 semanas de idade.

Os perus são criados separadamente em lotes de machos ou fêmeas, sexados ainda no incubatório. A fase inicial da criação -perus de 1 dia até 28-30 dias de idade- é realizada por produtores “Iniciadores” posteriormente, as aves são transferidas para granjas de terminação, os produtores “Terminadores” onde permanecem até 112-126 dias de idade. Assim, o ciclo de produção dos perus é longo e, portanto, demanda atenção e cuidado no manejo diário das aves e na ambiência da instalação, nas distintas etapas ou fases da criação até a idade de abate.

Conforme Korver (2023), o aumento nos índices de produtividade (rendimento de carcaça, menor conversão alimentar, rápido ganho de peso) significa que as aves estão muito próximas de seu limite fisiológico e, nesse sentido, são necessários maiores cuidados na nutrição, ambiência e no manejo diário para a manutenção da saúde e bem-estar do lote alojado.O Observatório da Agropecuária Brasileira aponta que uma das megatendências consolidadas no tema da sustentabilidade nas cadeias de proteína animal, diz respeito ao bem-estar. Enfatiza ainda que “produzir respeitando o bem-estar animal ao longo de toda a cadeia será mandatório e nenhum elo poderá ficar de fora”.
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