As margens dos frigoríficos brasileiros de carne de frango devem melhorar no quarto trimestre deste ano e em 2017, depois de um período alta nos custos de grãos e demanda doméstica reduzida prejudicando os resultados da indústria, segundo analistas do Rabobank.
“Após o ajuste feito pela indústria brasileira de frango durante o terceiro trimestre de 2016 – reduzindo a oferta diante de um cenário de fraca demanda doméstica e altos preços de milho –, os preços de carne de frango no atacado de São Paulo em outubro de 2016 estavam 13% acima dos de outubro de 2015”, disse o Rabobank em relatório divulgado à imprensa na quinta-feira (1), com informações editadas e apuração feita pela CarneTec.
“Os preços deverão se manter firmes, dado a projeção positiva para desenvolvimento da economia em 2017 que deverá resultar em uma recuperação inicial do consumo local de carne, particularmente no segundo semestre de 2017.”
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O crescimento das exportações deverá se manter ou até acelerar no quarto trimestre de 2016 e no primeiro trimestre de 2017, com o produto brasileiro ganhando competitividade como resultado da desvalorização do real em relação ao dólar após as eleições nos Estados Unidos.
O Rabobank considera que o cenário global para a indústria de carne de frango em 2017 pode ser prejudicado por novos casos de Influenza Aviária registrados na Ásia, África e na Europa. Nesse contexto, o Brasil ainda está em vantagem, já que nunca registrou um caso da doença.
“Os fluxos comerciais globais serão fortemente influenciados pela nova onda de focos de gripe aviária na Europa, Ásia e África, o que poderá afetar muito os mercados globais no primeiro semestre de 2017, com o Brasil e a Tailândia provavelmente emergindo como os vencedores”, avaliam os analistas do Rabobank.
