Redação SI 19/06/2002 – Os abates de suínos na Região Sul, que respondem por 60% da produção nacional de carne, atingiram as 8,1 milhões de cabeças entre janeiro e maio de 2002, 13,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. Apesar de concentrar 35% do rebanho, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul produzem a maior parte da carne porque possuem parques industriais maiores e mais tecnificados que outros estados, nos quais boa parte dos abates vai para consumo doméstico.Santa Catarina apresentou a maior produção nos cinco meses, de 3,55 milhões de cabeças, 6,1% a mais do que em igual período do ano passado. No Rio Grande do Sul, o abate somou 2,56 milhões de cabeças e o crescimento de janeiro a maio foi de 18,7%. No Paraná, 1,94 milhão de cabeças foram para o abate, 23,5% de expansão, a maior dos três estados.Apesar do baixo desempenho econômico apresentado pela suinocultura brasileira nos primeiros cinco meses do ano, as estimativas ainda são de aumento da produção. Somente mais ao final do ano poderá haver modificações nas expectativas, por conta de uma eventual eliminação de matrizes ou diminuição do peso médio de abate, diz Jurandi Soares Machado, analista de mercado do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa).As perspectivas para a suinocultura brasileira, de acordo com Machado, ainda apontam para uma expansão ao redor de 6%. Os números até agora conhecidos indicam esta possibilidade, com a produção devendo situar-se entre 2,3 milhões e 2,37 milhões de toneladas.Segundo ele, o amadurecimento dos investimentos feitos no Centro-Oeste e no Sul do País, o crescimento da produtividade no Sul, a rentabilidade de 2001 e a expectativa de continuidade da expansão das exportações foram os fatores que mais estimularam o crescimento da produção. Os números relativos aos investimentos das grandes empresas do setor sugerem a possibilidade de que este crescimento seja ainda maior, diz.
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