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Regionalização da avicultura

<p>Programa, em fase de aprovação pelo Ministério da Agricultura, proíbe o transporte de aves entre Estados.</p>

Redação AI (18/11/05) – O presidente da União Brasileira de Avicultura, Zoé Silveira dAvila, disse hoje (18) que o setor avícola brasileiro aguarda para até o fim de novembro o anúncio, pelo Ministério da Agricultura, da aprovação do plano de regionalização da avicultura brasileira, proposto pela UBA. Uma das medidas a serem implementadas imediatamente será a proibição do transporte de aves vivas entre estados ou regiões. Inicialmente, a proibição deverá se limitar aos principais estados produtores do País: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e Minas Gerais e São Paulo.

Há uma preocupação do presidente da UBA quanto à questão dos recursos federais necessários à implementação do plano, que demandará inicialmente entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões. Ocorre que o Ministério da Agricultura ainda não dispõe dessa verba. Em 2005, por exemplo, foi prevista uma dotação de R$ 3 milhões para gastos na área de prevenção, controle e erradicação de doenças avícolas, mas o volume de recursos efetivamente destinado não chegou a R$ 500 mil.     

O plano de regionalização prevê uma série de outras medidas com o objetivo de prevenir o ingresso de doenças avícolas exóticas como a Influenza Aviária (gripe das aves) e o mal de Newcastle. O conjunto das medidas também contribuiria para reforçar a confiança dos compradores externos de carne de aves, evitando que eles tenham, por exemplo, atitudes drásticas como o embargo total imposto por vários países aos fornecedores brasileiros de carne bovina. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, tendo embarcado de janeiro a setembro deste ano um volume que gerou R$ 2,8 bilhões em receitas cambiais.

O vice-presidente técnico-científico da União Brasileira de Avicultura, Prof. Ariel Antonio Mendes, titular da cadeira de sanidade animal da Unesp-Botucatu, explica que a movimentação de aves vivas entre regiões ou estados representa um risco muito grande de transmissão e disseminação de moléstias avícolas. Por isso, o projeto do setor avícola prevê o estabelecimento de barreiras e postos de controle de fronteiras internas, além da definição de corredores especiais para o transporte, por exemplo, de material genético.   

Se o Mapa aprovar e tiver os recursos necessários, o plano de regionalização deverá ser desenvolvido ao longo dos próximos três anos, começando em 2006 pelos estados de maior produção das regiões Sul e Sudeste.