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Acordo China-Argentina

Governo argentino destina 200 milhões de pesos a indústria; acordo com China "em espera"

Processadora de carne suína pode se tornar a protagonista do acordo entre Argentina e China no setor

Governo argentino destina 200 milhões de pesos a indústria; acordo com China "em espera"

Depois de se encontrar com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no âmbito da reunião de gabinete federal, o governador de La Rioja, Ricardo Quintela, anunciou nesta quarta-feira (20) investimentos em diferentes áreas produtivas. Do total de recursos, a província de Cuyo dará 200 milhões de pesos à empresa Cerdos de los Llanos, que pretende ser a protagonista do acordo entre Argentina e China no setor suíno. Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores indicou que as negociações são mantidas “em espera”.

Diante do andamento das negociações ocorridas no final do ano passado e da nomeação de um novo embaixador no país asiático, Cerdos de los Llanos pediu ao governo local um empréstimo para ampliar a infraestrutura das fábricas que possui em três localidades do região. É uma empresa que possui capitais de estado e é responsável pela reprodução, criação, engorda e comercialização da produção suína.

Segundo a mídia local, essa empresa pode representar uma contribuição central para o projeto nacional que visa abastecer o mercado de suínos chinês com 900 mil toneladas de carne por ano. 

Por se tratar de uma empresa com capital estadual, o empréstimo solicitado deveria ter sido aprovado há duas semanas pela Assembleia Legislativa de La Rioja. Este investimento virá dos fundos que a província recebe em coparticipação e permitirá a ampliação do frigorífico para processar toda a produção do estabelecimento. Atualmente, a empresa conta com 120 funcionários.

Dados centrais do acordo

Segundo dados do Executivo nacional, o acordo suíno com a China prevê a instalação de fazendas inteligentes para produzir 300 mil matrizes e geraria um investimento de mais de US$ 3,7 bilhões. Com isso, pretende exportar cerca de 822 mil toneladas de carne suína e gerar cerca de 9 mil empregos. Além disso, pretende federalizar a produção que está aglomerada no centro do país e abrir o jogo para algumas regiões do Norte.

Após o conflito sobre o impacto ambiental destes centros de produção, as autoridades nacionais indicaram que este projeto promove “a instalação de Granjas Inteligentes, que são fazendas seguras, sustentáveis ??e sustentáveis ??e não a instalação de Fazendas Mega” como argumentado pelos setores da oposição que eles expressaram repetidamente sua rejeição.

Granjas inteligentes

Nesse sentido, informaram que a Argentina está livre de Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (FSA) e Síndrome Respiratória Suína Reprodutiva (PRRS), e que, caso o acordo seja aprovado, este quadro não será alterado. “A produção de suínos na Argentina tem muito potencial para se desenvolver de forma segura e sustentável”, indicaram os representantes argentinos na China, ao mesmo tempo que explicaram que a Alemanha, por exemplo, tem o tamanho da província de Buenos Aires.

Além disso, representantes nacionais compararam os espaços de produção promovidos pelo acordo com megafábricas localizadas em outros países, motivo de rejeição de setores ativistas. “Enquanto as megafábricas instaladas nos Estados Unidos são unidades produtivas de cerca de 100 mil matrizes, as granjas inteligentes têm apenas entre 12 mil e 30 mil matrizes”, garantiram.