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Crescimento das exportações impulsiona lucro da Perdigão no 3o trimestre do ano

Lucro líquido da Empresa, durante o período, foi de R$ 38,2 milhões.

Da Redação 12/11/2003 – 11h00 – A Perdigão obteve lucro líquido de R$ 38,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, gerando EBITDA de R$ 118,6 milhões. A receita líquida apresentou alta de 33,7% e superou a casa de R$ 1 bilhão entre julho e setembro deste ano. No acumulado de nove meses, a receita líquida foi de R$ 2,7 bilhões, o que representa crescimento de 35,9%.

O bom desempenho do trimestre pode ser atribuído à elevação das exportações e à melhoria do mix de vendas tanto no mercado doméstico quanto no externo. Segundo o vice-presidente financeiro da Perdigão, Wang Wei Chang, as vendas externas foram responsáveis por 52,9% da receita líquida da companhia, com crescimento de 61,7% e atingindo volumes de carnes 28,3% superiores.

Chang destaca o crescimento das vendas de produtos de maior valor agregado e as exportações como os principais fatores que contribuíram para amenizar os custos de produção, cuja elevação estendeu-se por longo período, comprimindo as margens. No acumulado do ano, os custos das principais matérias-primas (milho e soja) estiveram 38% acima dos praticados no mesmo período de 2002.

O balanço da Perdigão no terceiro trimestre deste ano aponta um lucro bruto 23,9% superior ante ao apurado no terceiro trimestre do ano passado, saindo de R$ 224 milhões para R$ 277,6 milhões. O EBITDA obteve aumento de 36,6%, impulsionado pelo lucro bruto e pela redução das despesas comerciais.

As despesas comerciais recuaram 2,5 pontos percentuais entre julho e setembro, ficando em R$ 170 milhões. O resultado operacional cresceu 42% no período e alcançou R$ 94,6 milhões, graças à performance obtida com aumento de receitas e volumes, melhoria de mix e redução parcial de custos. O patrimônio líquido em 30 de setembro era de R$ 727 milhões, 12,6% superior ao encerrado em setembro de 2002. O endividamento contábil líquido consolidado da Perdigão totalizou R$ 868,4 milhões em setembro contra R$ 881,3 em setembro do ano passado.

MERCADO EXTERNO

A Perdigão exportou nos primeiros nove meses do ano 365,8 mil toneladas de produtos, alta de 25,8% em relação a igual período de 2002. A receita de exportação até setembro chegou a R$ 1,34 bilhão, crescimento de 61,5%. No terceiro trimestre, as vendas externas aumentaram 28,7% em volumes e 61,7% em receita em comparação ao terceiro trimestre do ano passado. Apesar das restrições estabelecidas ao peito de frango salgado na Europa, os produtos elaborados/processados apontaram elevação de 52,5% em receita e 34,3% em volumes no intervalo de julho a setembro.

Em volumes de carnes, o acréscimo alcançado foi de 28,3% no trimestre e de 25,5% no acumulado de nove meses. Tal cenário é oposto ao apresentado em 2002, quando a oferta mundial de carnes encontrava-se elevada e os preços em dólares apresentaram queda significativa. No período de julho a setembro deste ano, os preços médios em dólares ficaram 30% acima em relação ao terceiro trimestre do ano passado, alcançando 24,8% de aumento em reais contra um custo 38,5% superior. A diferença entre preço e custo reflete os aumentos sofridos em função da desvalorização cambial, que não puderam ser repassados aos preços de venda devido às condições mercadológicas.

O principal mercado da empresa no terceiro trimestre foi a Europa, com crescimento de 81% em receita. Essa evolução aconteceu devido a estratégias de internacionalização com a presença de escritórios de vendas próprios na Holanda e Inglaterra e aos problemas climáticos que afetaram as regiões européias produtoras de aves. No Extremo Oriente, registrou-se uma elevação de 89%, principalmente por conta da reação do mercado japonês, que baniu a importação da China. Outro impulso significativo foi verificado no Oriente Médio, onde as vendas aumentaram em 106,3%. Entre os outros países, que registraram crescimento de 47,4%, o destaque ficou com África.

MERCADO INTERNO

O faturamento da Perdigão no mercado interno cresceu 16% no terceiro trimestre, saindo de R$ 520 milhões para R$ 604 milhões. No acumulado de nove meses, o crescimento foi de 21%. A participação de 90,8% de produtos elaborados/processados no mix de vendas concorreu para amenizar os custos de produção.

No período, a empresa lançou produtos inovadores à base de soja, segmento que tem grande potencial de crescimento e por meio do qual espera-se conquistar consumidores vegetarianos, praticantes de ioga, tradicionais apreciadores de comida kosher, pessoas com colesterol alto e esportistas que querem repor proteínas.

Os esforços permanentes da empresa no sentido de oferecer serviços inovadores e de qualidade aos seus consumidores foram reconhecidos por diversas entidades, que lhe conferiram importantes prêmios: Lançamento do Ano (Folhados e Linha de Pizzas Doces Apreciatta), atribuído pela ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), e Carrinho de Ouro 2003, como melhor fornecedor de congelados, outorgado pela AGAS (Associação Gaúcha de Supermercados).