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Questionamento

Brasil pressiona UE na OMC sobre programa francês de incentivo à produção de soja

Ironicamente, questionamentos incluem a sustentabilidade da produção  

JW01. BOURGLINSTER (LUXEMBURGO), 06/09/2018.- El presidente galo, Emmanuel Macron, durante una rueda de prensa conjunta con el primer ministro Holanda, Mark Rutte, de Bélgica, Charles Michel, y el primer ministro luxemburgués, Xavier Bettel, en el castillo Bourlinster en Luxemburgo hoy, 6 de septiembre de 2018. EFE/ Julien Warnand
JW01. BOURGLINSTER (LUXEMBURGO), 06/09/2018.- El presidente galo, Emmanuel Macron, durante una rueda de prensa conjunta con el primer ministro Holanda, Mark Rutte, de Bélgica, Charles Michel, y el primer ministro luxemburgués, Xavier Bettel, en el castillo Bourlinster en Luxemburgo hoy, 6 de septiembre de 2018. EFE/ Julien Warnand

O Brasil começou a pressionar a União Europeia na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre como a França está ampliando a sua produção de soja. As questões são se o crescimento acontece de maneira ambientalmente sustentável e se os subsídios usados no programa são legais.

Essas questões, apresentadas pelo Brasil no Comitê de Agricultura da OMC, vão bem além da parte técnica e têm um componente político, diante das tensões nas relações entre Brasília e Paris envolvendo a proteção da Amazonia.

Recentemente, o presidente francês Emmanuel Macron voltou a vincular a produção brasileira de soja ao desmatamento no bioma. E confirmou estímulos à produção da commodity na França para não depender mais do Brasil nesse mercado.

Macron chegou a divulgar um vídeo nas redes sociais no qual afirma que “continuar a depender da soja brasileira seria endossar o desmatamento da Amazonia”. E que “não somos coerentes quando importamos” a soja produzida em ritmo acelerado a partir da floresta destruída.

O plano francês de “produzir a soja europeia ou [grãos] equivalentes” prosperou no governo de Macron, que tem uma tensa relação com o presidente Jair Bolsonaro.

Agora, o Brasil aproveitou a reunião periódica do Comitê de Agricultura para questionar a UE sobre a nova “estratégia nacional para proteínas vegetais” da França. O plano é aumentar em 40% a área total cultivada com proteínas vegetais no país até o fim de 2022, com custo inicial de 100 milhões de euros.