A exportação de carne suína brasileira para a Rússia teve início em julho de 2001 e rapidamente transformou o Brasil no principal fornecedor daquele mercado, saindo do zero para atingir, já no final do ano passado, um total de 151.856 toneladas embarcadas, com receita cambial de US$ 205,921 milhões, ou 57% do total arrecadado pelo setor. Nos nove primeiros meses de 2002, as exportações globais do setor continuaram a crescer e consolidaram a Rússia como o principal importador da carne suína brasileira. Até setembro de 2002, o acumulado do ano mostra que a receita total das exportações do setor foi de US$ 349 milhões F.O.B., representando crescimento relativo de 33% sobre a receita cambial do mesmo período do ano passado. Os embarques totais atingiram 332.226 toneladas, com expansão de 75% sobre o período anterior. A Rússia respondeu por 80% do total dos embarques brasileiros no acumulado dos nove primeiros meses do ano, seguida por Hong Kong, com 11% do total e outros destinos. Os resultados obtidos até setembro estão dentro da meta definida pelo setor para este ano, que prevê embarques de 480 mil toneladas, com receita cambial de US$ 500 milhões F.O.B. O apoio da APEX, explica Ronaldo Santos, consultor da ABIPECS, permitiu ao setor concluir de modo eficiente todas as etapas necessárias à conquista de novos mercados, incluindo o processo de identificação, pesquisas de mercado, envio de missões mistas de empresários e representantes do Governo brasileiro para prospectar o mercado, participações dos exportadores brasileiros em feiras para a divulgação do produto e a vinda de missões veterinárias do país importador para que pudesse ser firmado o acordo sanitário entre os dois países. Ele observa que “o mercado externo para a carne suína brasileira cresceu expressivamente graças a esse programa, mostrando que o suporte de órgãos do Governo é fundamental para estimular o crescimento das exportações por meio de estratégias bem delineadas de acesso a novos mercados”.
A ABIPECS deve continuar a trabalhar no sentido de pulverizar a atual concentração de mercados importadores, buscando o acesso a novos mercados, particularmente China, Filipinas, África do Sul, Chile e México, assim como o mercado europeu.