Em abril de 2024, o mercado de milho experimentou uma queda nos preços em várias regiões do Brasil, influenciada pela boa progressão da colheita da safra de verão e as expectativas otimistas para a segunda safra.
Segundo análise do Cepea, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa de milho em Campinas (SP) registrou uma redução de 6,2% durante o mês, alcançando o menor valor desde outubro de 2023, fechando em R$ 57,93 por saca de 60 quilos.
O cenário de preços foi pressionado pela retração nas aquisições de novos lotes por parte dos compradores, que já contavam com estoques adequados para o curto prazo.
Comparativamente, o mercado de balcão (valor pago ao produtor) e o mercado de lotes (negociações entre empresas) apresentaram uma queda acumulada de 0,6% e 1,7%, respectivamente, de 28 de março a 30 de abril.
Internacionalmente, a produção de milho foi estimada pelo USDA em 1,22 bilhão de toneladas, uma ligeira diminuição em relação às expectativas de março.
Este ajuste refletiu-se nos estoques finais globais, que foram revisados para 318,28 milhões de toneladas. No Brasil, a Conab revisou a estimativa de produção para 110,96 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2% em relação ao mês anterior, devido principalmente a condições climáticas desfavoráveis que impactaram a segunda safra.
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No campo, a Conab noticiou que a semeadura da segunda safra foi concluída com sucesso, beneficiada pelas chuvas no final de abril. A colheita está prevista para começar em maio em algumas regiões de Mato Grosso, sugerindo um ciclo de colheita prolongado devido ao escalonamento do plantio.
No aspecto comercial, os portos brasileiros apresentaram um ritmo lento de negociações devido à prioridade dada ao embarque de soja e à antecipação de uma menor produção nacional de milho.
No porto de Paranaguá, o preço médio do milho em abril foi apenas ligeiramente superior ao observado em Campinas, refletindo uma estratégia de negociação mais focada no mercado interno.
Com essas dinâmicas, os agentes do mercado de milho continuam atentos às condições climáticas e aos desenvolvimentos nas negociações internacionais para ajustar suas estratégias. O panorama de preços e produção indicará as tendências para os próximos meses, essenciais para a tomada de decisões no setor agrícola.
