Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,41 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,31 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,96 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,57 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,19 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,13 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,11 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.185,08 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.023,45 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,84 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Desafio Global

Desafio global do desperdício de alimentos: mais de 1 bilhão de refeições perdidas diariamente

Desafio global do desperdício de alimentos: mais de 1 bilhão de refeições perdidas diariamente

Mais de um bilhão de refeições são desperdiçadas diariamente ao redor do mundo, revela um recente estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), lançado em comemoração ao Dia Internacional do Resíduo Zero.

O relatório, que contou com a colaboração da Embrapa Alimentos e Territórios e foi coordenado pela ONG WRAP, destaca a crise do desperdício alimentar frente à fome global e seus impactos negativos no clima, biodiversidade e economia.

Em 2022, a produção de resíduos alimentares alcançou 1,05 bilhão de toneladas, quase um quinto do total de alimentos disponíveis para consumo. Desse montante, a maior parte do desperdício, 60%, ocorreu nos lares, com os serviços de alimentação e o varejo contribuindo com 28% e 12%, respectivamente.

O Brasil, através de um estudo piloto no Rio de Janeiro, identificou um desperdício médio de 94 kg de alimentos por pessoa ao ano, apenas no consumo doméstico. O índice reflete a gravidade do problema mesmo em bairros de menor renda e abrange tanto os restos de refeições quanto resíduos orgânicos como cascas de frutas e ossos.

Globalmente, a questão do desperdício alimentar não se restringe apenas aos países ricos. A diferença no volume de alimentos desperdiçados entre países de alta e baixa renda é de apenas 7 kg per capita. Ademais, nações mais quentes tendem a ter maiores índices de desperdício, possivelmente devido ao consumo elevado de alimentos frescos e a deficiências nas cadeias de refrigeração.

Além do problema humanitário, o desperdício de alimentos representa uma significativa fonte de emissões de gases de efeito estufa, contribuindo com 8% a 10% do total global, além de ocupar quase um terço das terras agrícolas mundiais. O custo econômico global estimado pela perda e desperdício de alimentos chega a US$ 1 trilhão, segundo o Banco Mundial.

O PNUMA ressalta a importância de medidas robustas e regulares para combater o desperdício, destacando exemplos positivos de países como Japão e Reino Unido, que conseguiram reduzir significativamente o volume de alimentos descartados. O relatório enfatiza a necessidade de mais países do G20 desenvolverem métricas adequadas para monitorar e reduzir o desperdício de alimentos, visando atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12.3 até 2030.

As parcerias público-privadas são apontadas como essenciais para avançar na redução do desperdício de alimentos, promovendo a cooperação entre governos, empresas e o terceiro setor na busca por soluções inovadoras. Tais iniciativas estão crescendo globalmente, com casos de sucesso em países como Austrália, Indonésia, México, África do Sul e Reino Unido.

O relatório do PNUMA não só lança luz sobre a crise do desperdício alimentar mas também oferece um caminho para a ação, destacando a urgência de abordagens integradas e sistêmicas para alimentar pessoas, não aterros sanitários, enquanto se combate a insegurança alimentar e se protege o planeta.

Acesse o relatório completo neste LINK.