Quedas na temperatura favorecem mercado de suínos

No início desta semana, colaboradores do Cepea já observavam aquecimento na demanda por carne suína, mesmo que ligeira, por conta das quedas na temperatura. Conforme as negociações foram ganhando ritmo, alguns frigoríficos paulistas já conseguiam vender a carne a preços maiores. Entre 18 e 25 de junho, a carcaça comum suína valorizou 3,6% no atacado da Grande São Paulo, comercializada na média de R$ 4,14/kg nessa quinta-feira, 25. A carcaça especial teve aumento de 2,4% no período, com o valor pago pelo quilo indo para R$ 4,34. 

Esses reajustes foram repassados ao mercado de animais vivos em São Paulo. O Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ do estado, que fechou a R$ 2,71/kg nessa quinta, apresentou alta de 1,9% sobre a quinta passada. Em sete dias, os Indicadores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina também subiram, 1,7% e 0,4% respectivamente, com médias a R$ 2,42/kg e R$ 2,44/kg nessa quinta. Apenas em Minas Gerais e no Paraná, as cotações acumularam queda no período. Nas regiões mineiras, o animal desvalorizou 0,7%, negociados na média de R$ 2,83/kg no dia 25. O preço médio no Paraná, que passou para R$ 2,47/kg, recuou 0,8% sobre a quinta da semana passada.   

Colaboradores do Cepea de São Paulo esperam que a demanda um pouco mais firme no mercado doméstico ajude a enxugar o atacado paulista, que vinha recebendo elevado volume de carcaças, provenientes do Sul do País, a preços mais competitivos. Além disso, alguns agentes já falam que as exportações estão começando a aumentar, com a volta das compras da Ucrânia.