A demanda por carne de frango na União Europeia (UE) deve continuar crescendo nos próximos anos, impulsionada pela percepção da ave como uma proteína saudável e mais acessível. De acordo com um relatório recente da Comissão Europeia, o consumo per capita de carne de frango na UE deve aumentar de 24,2 kg para 25,8 kg até 2025, representando um crescimento anual de 0,5%.
Essa tendência positiva é resultado de mudanças nos hábitos alimentares dos consumidores europeus e das crescentes oportunidades de exportação. Estima-se que a produção avícola na UE aumente em 770 mil toneladas até 2035, impulsionada por um crescimento anual de 0,5%.
Desafios e oportunidades
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Apesar do cenário favorável, o setor avícola europeu enfrenta desafios como a necessidade de se adaptar a regulamentações ambientais mais rigorosas e a transição para sistemas de produção mais sustentáveis. Além disso, a persistência da gripe aviária altamente patogênica, que deixou de ser um evento sazonal para se tornar uma preocupação constante, representa um desafio significativo, especialmente para a avicultura de postura.
Comércio internacional
As exportações de aves da UE devem se recuperar nos próximos anos, impulsionadas pelo aumento da produção e pela abertura de novos mercados. O Reino Unido e a África Subsaariana continuam sendo destinos importantes para as exportações europeias, enquanto a demanda por serviços de processamento de alimentos também deve impulsionar o crescimento das exportações.
A importação de aves na UE também deve aumentar, impulsionada principalmente pelo acordo de livre comércio com a Ucrânia. Estima-se que as importações aumentem 0,9% ao ano até 2035, atingindo 904 mil toneladas.
Preços e competitividade
Os preços da carne de frango na UE devem apresentar uma leve queda no curto prazo, com a estabilização do cenário inflacionário. No entanto, a demanda sustentada e a evolução dos preços globais devem levar a um aumento gradual dos preços, atingindo cerca de € 2.730 por tonelada até 2035.
A diferença entre os preços de produção mais altos na UE e os preços globais mais baixos representa um desafio para a competitividade das exportações europeias.
Fonte: World Poultry
