Há duas décadas, nascia uma iniciativa ambiciosa, mas essencial: unir em uma só voz os principais representantes da cadeia produtiva da carne de frango ao redor do mundo. Assim surgiu o International Poultry Council (IPC), entidade que, desde 2005, se consolidou como a principal referência institucional da avicultura mundial.
Mais do que uma organização, o IPC se tornou um espaço de diálogo permanente entre países produtores e exportadores, técnicos, cientistas, lideranças empresariais e representantes de organismos internacionais. Sua missão vai além da produção e da promoção do comércio justo: trata-se de uma plataforma que defende a ciência, a sustentabilidade, o bem-estar animal e a segurança alimentar global.
Desde a sua fundação, sob a liderança de Jim Sumner — figura histórica da avicultura mundial —, posteriormente seguido pelo canadense Robin Horel, o IPC estabeleceu pontes entre nações e culturas, respeitando as particularidades de cada sistema produtivo, mas buscando sempre convergência em torno de objetivos comuns. Sumner, que presidiu o Conselho por vários anos, foi um dos grandes responsáveis por pavimentar esse caminho de cooperação multilateral e de diálogo franco com organizações como a FAO e a OIE (atual WOAH).
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A trajetória do IPC é marcada por importantes marcos. A atuação conjunta na construção de padrões sanitários internacionais; a defesa da ciência frente a percepções equivocadas sobre o consumo de carne de frango; e a liderança em debates sobre sustentabilidade e sistemas alimentares são apenas alguns dos legados desses 20 anos de história.
O Brasil teve papel fundamental desde os primeiros anos. Em 2009, assumiu a vice-presidência do Conselho e, desde então, contribuiu de forma decisiva com sua visão estratégica e com a experiência de um dos maiores exportadores mundiais de carne de frango. Em 2023, essa trajetória culminou na eleição de um representante brasileiro à presidência do IPC, consolidando ainda mais o protagonismo do país na governança global da proteína avícola.
Mas o IPC é, antes de tudo, uma comunidade. Uma rede de pessoas comprometidas com a produção responsável de alimentos, que compartilham conhecimento e constroem alianças em prol de um futuro alimentar mais seguro, acessível e sustentável. São lideranças como Sumner, Horel, Tage Lysgaard, e tantos outros que idealizaram o IPC e que contribuíram, com seriedade e espírito colaborativo, para fazer do IPC o que ele é hoje.
Chegar aos 20 anos é motivo de celebração — e também de renovação de compromissos. O mundo vive um momento em que a segurança alimentar voltou ao centro das discussões geopolíticas. A população cresce, os desafios climáticos se intensificam, e a demanda por proteínas sustentáveis se amplia. Diante desse cenário, o papel do IPC é ainda mais estratégico.
Para os próximos anos, o Conselho seguirá investindo em cooperação internacional, ciência e inovação. Reforçará sua atuação técnica junto aos fóruns multilaterais e ampliará sua voz como referência ética e técnica da avicultura global. Tudo isso com um objetivo maior: garantir que a carne de frango, saudável, acessível e produzida com responsabilidade, continue alimentando bilhões de pessoas ao redor do mundo.
Parabéns, IPC, pelos 20 anos de história. Que os próximos capítulos sejam ainda mais impactantes — para o setor, para a ciência e para a segurança alimentar do planeta.
