Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Morales

Frango sem hormônios

UBA esclarece declarações sem fundamento feitas pelo presidente da Bolívia sobre o uso de hormônios na avicultura industrial.

Frango sem hormônios

A União Brasileira de Avicultura (UBA), como entidade máxima da produção avícola nacional, vem a público prestar esclarecimentos a respeito das declarações feitas pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, onde afirmou que “frangos são engordados com hormônios femininos”, relacionando isto com o comportamento sexual e a perda de cabelos:

– Diferente das inverdades ditas pelo atual presidente da Bolívia, absolutamente sem embasamento e claramente irresponsáveis, esclarecemos que são as pesquisas com seleção genética, o uso de rações nutricionalmente balanceadas e o fornecimento de condições ambientais e sanitárias adequadas os verdadeiros responsáveis pelo ganho produtivo das aves;

– É fundamental frisar que a avicultura mundial – inclusive a brasileira – não utiliza hormônio na produção de frango.  Existem justificativas econômicas, técnicas e legais para isso;

– Do ponto de vista legal, o uso de hormônio ou similares é proibido em vários países.  No Brasil a proibição ocorre desde janeiro de 1976, por decreto n° 76.986 do então presidente Ernesto Geisel, que proíbe aplicação de hormônios em animais;

– Outra razão prática é que, caso houvesse a aplicação de hormônios em aves de granjas, não haveria tempo suficiente para a manifestação de resultados da substância sintética, já que o ciclo de produção do frango dura, em média, 42 dias;

– No Brasil, considerado o volume de ração utilizada na produção brasileira de frangos – 28 milhões de toneladas por ano – seria impossível manter esta produção sem denúncias comprovadas (leia-se com apresentação de provas concretas).  Também seria impossível manter o uso de hormônios em tamanha produção, já que não existe matéria-prima suficiente para tal;

 – A avicultura brasileira é a mais desenvolvida do mundo em termos sanitários.  Somos livres de doenças como gripe aviária, por exemplo.  Esse status sanitário nos permite exportar para mais de 150 países (União Européia, Hong Kong, Japão, etc), todos eles, extremamente criteriosos em termos sanitários e de qualidade;

– A irresponsabilidade das declarações dadas por Evo Morales, além de claramente preconceituosas e infundadas, dão continuidade a mitos que a produção avícola busca ostensivamente desfazer junto à sociedade.  São inverdades que afetam uma produção que garante alimentos saudáveis e contribuem para a segurança alimentar mundial (graças ao baixo custo).