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Logística

Faep preconiza rodovias licitadas no Paraná deverão ficar prontas a partir de 2025

Sistema Faep/Senar teme a repetição dos mesmos episódios que dificultaram o escoamento da safra e afetaram diretamente o setor produtivo

Faep preconiza rodovias licitadas no Paraná deverão ficar prontas a partir de 2025

O presidente do Sistema Faep/Senar, Ágide Meneguette, afirmou hoje que, mesmo com os leilões de rodovias ocorridos em 25 de agosto no Paraná, o agronegócio só deve colher os benefícios das melhorias nas estradas a partir de 2025, pois as obras estão previstas para começar somente em março de 2024. “Precisamos recuperar a malha rodoviária existente, criar faixas adicionais”, disse Meneguette. “Tudo isso exige licenças ambientais, há muitos obstáculos para que isso ocorra, sem contar com as condições naturais e se as condições climáticas serão favoráveis para as obras ou não”, argumentou. “Antes de 2025, não podemos esperar por rodovias prontas no Paraná.”

Meneguette disse que, mesmo assim, achou positivo que o leilão de concessões tenha ocorrido, “apesar do atraso”. Nesse sentido, ele lembrou que as antigas concessões de rodovias no Paraná expiraram em novembro de 2021, ou seja, as estradas ficaram sem manutenção por quase dois anos. “Com a deterioração, o setor produtivo enfrentou inúmeros problemas para escoar a safra anterior”, disse. Dessa forma, o Sistema Faep/Senar teme a repetição dos mesmos episódios que dificultaram o escoamento da safra e afetaram diretamente o setor produtivo.

O dirigente também criticou o fato de que o trecho montanhoso que leva ao Porto de Paranaguá ainda não tenha sido licitado, embora trechos da BR-277 tenham entrado no certame na semana passada. “A prioridade deveria ter sido a estrada para o porto (de Paranaguá). Infelizmente, esse não foi o entendimento de quem elaborou o edital”, disse Meneguette. “Ainda enfrentaremos dificuldades; o trecho montanhoso continuará sendo desafiador e o porto também terá limitações, apesar dos investimentos feitos lá”, disse ele, mencionando até obras para receber cruzeiros turísticos em Paranaguá. “Um navio de cruzeiro pode chegar ao porto, mas os turistas podem não chegar porque estamos enfrentando dificuldades logísticas para que isso aconteça”, prosseguiu.

O presidente da Faep comentou que, na safra anterior, devido ao fechamento de estradas que levavam a Paranaguá, muitos produtores e empresas de comércio tiveram que alterar as rotas de transporte para os Portos de Santos (SP) ou de São Francisco do Sul (SC). “Infelizmente, isso ilustra os desafios que estamos enfrentando. Isso aumenta os custos financeiros. Já vimos esse cenário antes e corremos o risco de vivenciá-lo novamente no próximo ano.”

Na semana passada, a Infraestrutura Brasil Holding XXI, da qual o Fundo Pátria faz parte, arrematou o primeiro lote de rodovias do Paraná, leiloado na sede da B3, em São Paulo. O primeiro lote de rodovias do Paraná é composto por quatro estradas federais e três estaduais, totalizando 473 quilômetros entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais. O edital prevê R$ 13,1 bilhões em investimentos ao longo dos 30 anos de contrato nas rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.