As paralisações de caminhoneiros nas principais estradas brasileiras nos últimos dias têm afetado a cadeia produtiva de suínos, principalmente nos estados de Santa Catarina e Paraná. As manifestações têm atrasado desde a entrega de rações e animais vivos até o transporte de carnes para os mercados interno e externo. Por enquanto, não houve reflexos nos preços, que persistem em queda na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. No atacado da Grande São Paulo, onde a dificuldade de recebimento da carne dos estados do Sul poderia motivar alguns reajustes, o cenário continua sendo de baixas. Entre as duas últimas quintas-feiras, o preço da carcaça comum suína recuou 1,6% e o da carcaça especial, 1,9%, com o quilo passando para a média de R$ 4,19 e de R$ 4,36, respectivamente, nessa quinta.
Também os preços pagos ao suinocultor estiveram em baixa nos últimos dias. Entre 27 de junho e 4 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ de Minas Gerais recuou 2,4%, com o quilo do suíno passando para a média de R$ 2,85 nessa quinta. Produtores e frigoríficos mineiros não chegaram a um acordo na quinta-feira, dia 27, e a Bolsa de Suínos no estado deixou sugerido o valor de R$ 3,00/kg como referência para os agentes, no entanto, segundo levantamentos do Cepea, foram registrados vários negócios também em valores menores. No estado de São Paulo, a queda nos preços foi de 2,2% no período e o preço médio do suíno passou para R$ 2,71/kg nessa quinta.
No Sul do País, a desvalorização mais intensa, de 3,2%, foi observada no Paraná, onde o quilo do animal passou a ser comercializado na média de R$ 2,41 no dia 4. Em Santa Catarina, a queda nos preços no acumulado de sete dias foi de 2% e, no Rio Grande do Sul, de 0,4% – nesses estados, os valores pagos por quilo de suíno passaram para R$ 2,41 e R$ 2,38, respectivamente.
| Indicadores de Preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ | Carcaça Comum | ||||
| MG | SP | PR | SC | RS | SP |
27/jun | 2,92 | 2,77 | 2,49 | 2,46 | 2,39 | 4,26 |
04/jul | 2,85 | 2,71 | 2,41 | 2,41 | 2,38 | 4,19 |
Var. Semanal | -2,4% | -2,2% | -3,2% | -2,0% | -0,4% | -1,6% |
Preço recebido pelo produtor (R$/Kg), sem ICMS
Fonte: Cepea/Esalq.
Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/suino











