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Milho, soja e café têm mais demanda por financiamento

Já está disponível nas agências do Banco do Brasil (BB) em todo País recursos da ordem de R$ 1,4 bilhão para o crédito rural.

Da Redação 11/12/2002 – Do total liberado, cerca de R$ 660 milhões serão destinados para o custeio da safra de verão e os R$ 740 milhões restantes serão voltados para outras demandas do setor. Com esse montante, o total destinado a safra 2002/2003 chega a R$ 8,73 bilhões (dados de até 6 de dezembro de 2002), o que representa um aumento de 26,5% em relação ao total investido no mesmo período do ano passado. Segundo o analista de mercado do Banco do Brasil em Minas Gerais, Paulo Vieira, do total de R$ 8,73 bilhões, R$ 676 milhões foram utilizados pelas agências do banco em Minas Gerais, sendo R$ 536 milhões para custeio de safra e R$ 140 milhões para CPR (Cédula de Produtor Rural).

Paulo conta ainda que, as culturas que mais demandaram recursos foram milho, soja e café. Para o custeio da safra do milho foram destinados 26% de R$ 536 milhões. A soja buscou 17% de crédito e o café 13%. Para aval de CPR, dos R$ 140 milhões, 80% foram para o café e o restante dividido em vários outros produtos. A taxa de juros principal cobrada pelo Banco do Brasil tem sido de 8,75% ao ano (MCR62-Poupança). Ricardo Conceição, vice-presidente de agronegócios e governo do BB, até o final da safra 2002/2003, em junho do próximo ano, o Banco deverá investir cerca de R$ 13 bilhões no setor, crescimento de 22% em relação aos R$ 10,65 bilhões aplicados na safra 2001/2002.

A novidade ficou por conta da redução da área plantada de milho. Os produtores estão trocando esta cultura pela soja que tem trazido maior rentabilidade, informa Vieira. Segundo ele há também a expectativa de recuperação dos preços do café no mercado internacional para o próximo ano, com a redução do volume do produto no Vietnã. Para a safra 2001-2002, o Funcafé liberou recursos apenas de R$ 100 milhões. Segundo o gerente de marketing da Crediminas (Cooperativa de Crédito Rural de Minas Gerais) as dificuldades enfrentadas pelo setor este ano e a capacidade de endividamento do produtor foram os principais motivos dos poucos recursos destinados ao café. Porém, este foi o primeiro ano que as cooperativas tiveram acesso ao Funcafé.

Com a retomada das atividades em 2003, acreditamos que mais recursos serão encaminhados. Os créditos serão bem diluídos para atender a um número maior de produtores. Atualmente a Crediminas conta com 99 cooperativas de crédito associadas. Destas, 44 estão situadas em regiões cafeeiras e todas aptas a repassar os recursos, afirma Paulo Vieira. São ao todo, 343 pontos de atendimento no estado de Minas Gerais. No Brasil existem 755 cooperativas de crédito. Paulo diz também que a Crediminas conta com uma carteira de crédito da ordem de R$ 430 milhões destinados para todas as culturas e modalidades de produção.