O presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA) Ariel Antonio Mendes, estima que a produção de frango no Brasil destinada ao mercado interno cresça em torno de 3% em 2009, frente às 7,387 milhões de toneladas registradas no ano passado, com um volume superior a 7,6 milhões de toneladas.”Essa previsão leva em conta uma taxa de crescimento vegetativo da população de 1,5%”, comenta.
Quanto à exportação, Mendes sinaliza que a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) projeta um crescimento de 5% nos embarques ante as 3,645 milhões de toneladas embarcadas no ano passado, podendo encerrar o ano com embarques acima das 3,827 milhões de toneladas. “O cenário previsto para a exportação é de crescimento, especialmente diante da expectativa de embarques para a China”, destaca.
Somados os volumes destinados ao mercado interno e externo, o Brasil pode finalizar o ano com uma produção total de 11,435 milhões de toneladas, superando as 11,032 milhões de toneladas de 2008. Para Ariel Mendes, o crescimento verificado no alojamento de pintos de corte dos últimos meses leva em conta as tendências de consumo geradas pelo mercado. “Houve um crescimento nas exportações, próximas aos níveis de 2008. Por outro lado, a queda de preço no mercado interno, cujo preço do vivo em São Paulo passou de R$ 1,90 para R$ 1,60, leva em conta o período de férias escolares prolongado pela gripe A (H1N1), o que acaba reduzindo o consumo de cortes como coxa e sobrecoxa, itens comuns na merenda escolar”, explica.
No que diz respeito aos recursos destinados ao setor, o representante da UBA afirma que novamente os recursos estão sendo destinados ao segmento avícola, mas ainda aquém do volume ideal. “Defendemos que, entre investimentos em estrutura, custeio e capital de giro o setor avícola demanda algo em torno de R$ 5 bilhões”, diz. “Por outro lado, com os investimentos realizados recentemente pelo grupo Marfrig, por exemplo, de R$ 50 milhões, e outras linhas via BNDES, que tem favorecido a tomada de capital, o setor verifica que, finalmente, as instituições financeiras viram o baixo grau de risco em fornecer crédito para a indústria avícola um segmento de empresas fortes, e com um rápido giro”, conclui.











