Existir, existe. No entanto, a obtenção do leite é desafiadora, e o resultado (“salgado” e “arenoso”) não justifica o investimento. Em 2015, o excêntrico fazendeiro holandês Erik Stegink ordenhou porcas, instalando um escorregador em uma piscina de lama para diversão de seus suínos, e produziu queijo com o leite.
Como o queijo era extremamente raro, Stegink o leiloou e doou o dinheiro para caridade. Ele explicou que só repetiria a experiência sob encomenda, cobrando mais de R$ 8 mil por kg. Isso se deve ao fato de as porcas produzirem muito pouco leite (são necessárias 40 horas de ordenha para obter 10 litros e fazer uma peça de 1 kg), e o alto teor de proteína dificultar a fabricação.
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Na região Sul do país, é possível encontrar “queijo de porca” à venda nas beiras de estrada com certa frequência. No entanto, a matéria-prima do produto é banha de porco temperada, e não leite.
Uma pesquisa mais aprofundada revelou que o tal queijo não contém apenas banha, mas também miúdos e outras partes do porco que não são aproveitadas em receitas convencionais. Em resumo, apesar do nome, trata-se de um embutido, e não de um queijo.
Tem interesse na composição e no valor nutricional da iguaria? Dê uma lida neste artigo científico.
