A indústria suína dos Estados Unidos enfrenta um desafio significativo e prolongado: a queda do consumo de carne suína e sua estagnação desde a década de 1970. Embora o consumo geral de carne tenha aumentado em 50 libras per capita ao longo desses 50 anos, o consumo de carne suína diminuiu, deixando o setor em uma posição crítica. A chave para essa mudança está em um fator amplamente reconhecido, mas negligenciado: o sabor.
Pesquisas de consumo indicam que o sabor é o principal fator de decisão de compra de carne, e, apesar de essa realidade ser clara, a indústria suína tem se recusado a abordar a questão com a seriedade necessária. O resultado disso é a perda de participação de mercado para outras carnes, especialmente o frango, cuja demanda disparou, enquanto a carne suína permaneceu estagnada.
Exportações de Alta Qualidade e o Mercado Doméstico
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Um artigo recente destacou a presença de representantes da indústria suína dos EUA no Japão, onde a carne suína americana de alta qualidade é altamente valorizada. De fato, grande parte dos cortes suínos premium dos EUA são destinados ao mercado japonês, onde há rigorosos padrões de qualidade em termos de cor e sabor. Isso levanta uma questão delicada: por que a carne suína de melhor qualidade vai para o exterior enquanto os consumidores americanos recebem produtos de menor qualidade?
Essa realidade é preocupante, pois a maioria dos consumidores americanos desconhece que estão consumindo carne suína inferior, enquanto outros mercados internacionais desfrutam de produtos superiores. Isso pode gerar uma desconexão entre o que os consumidores desejam — um produto saboroso e de qualidade — e o que é oferecido no mercado doméstico.
O Fracasso do Programa “The Other White Meat”
A tentativa da indústria suína de competir com o frango nos anos 1990, com o programa “The Other White Meat”, é outro fator que contribuiu para a perda de identidade da carne suína. Ao tentar se igualar ao frango, o foco se distanciou do sabor e da qualidade, resultando em um produto insípido e sem cor. Enquanto isso, o consumo de frango disparou, deixando a carne suína para trás.
Estatísticas recentes mostram que, embora o consumo de frango tenha crescido significativamente, os consumidores ainda preferem carne vermelha e estão dispostos a pagar mais por ela. No Centro-Oeste dos EUA, por exemplo, a despesa anual com carne vermelha foi de US$ 572 por pessoa em 2022, contra US$ 222 com frango. Esses números demonstram que o desejo por carne vermelha permanece forte e que, se a carne suína pudesse oferecer um produto com sabor consistente e de qualidade superior, a demanda certamente aumentaria.
Oportunidade de Transformação
A Genesus, uma empresa que trabalha há mais de 25 anos para produzir carne suína de melhor sabor, acredita que o caminho para o futuro da indústria está em atender ao que os consumidores mais desejam: sabor. A indústria suína dos EUA precisa urgentemente de uma transformação para garantir sua sobrevivência. O fornecimento de um produto saboroso e de alta qualidade pode reverter a tendência de declínio e fortalecer a demanda interna, dando à próxima geração de produtores uma chance real de sucesso.
Este momento é crucial para a indústria suína dos EUA. Com uma mudança focada no sabor e na qualidade, há uma oportunidade de reconquistar a confiança dos consumidores e revitalizar o mercado doméstico. Para tanto, é fundamental que os produtores e líderes do setor se unam em torno de uma estratégia que priorize o que realmente importa para o consumidor: sabor e qualidade.
Fonte: Genesus
