Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,50 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,20 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,67 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,82 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,01 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 126,60 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,89 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 121,50 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 120,44 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 117,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 138,62 / cx

Agricultura aceita proposta americana sobre subsídios

<p>Agricultores brasileiros aceitam um corte menor nos subsídios norte-americanos ao setor para "fechar negócio" dentro da Rodada de Doha na OMC.</p>

Redação (16/08/06)- Reavaliando os prós e contras da última reunião de abertura de mercado da Organização Mundial do Comércio (OMC), quando os Estados Unidos propuseram reduzir de US$ 48,3 bilhões para US$ 22,3 bilhões o seu limite máximo para investir em subsídios agrícolas, o setor privado brasileiro diz que aceitaria que os EUA tivessem um teto de até US$ 15 bilhões ou US$ 16 bilhões, ao contrário dos US$ 12 bilhões que foram levados para a mesa de negociação.

Para tanto, há a exigência de que fossem estipulados limites máximos de 10% do valor da produção por cada produto. “Existe a flexibilidade do setor privado, podemos chegar até muito perto do que eles querem, mas não temos esperança de resolver nada este ano”, afirmou o chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antônio Donizeti Beraldo.

Apesar dos estudos e negociações sobre a nova proposta, especialistas e apoiadores do governo estão descrentes quanto à reunião do G-20, que acontecerá em setembro, no Rio de Janeiro, alegando que será apenas um evento político para mostrar ao mundo o engajamento do grupo.

Novidades mesmo, segundo os especialistas, só depois de 2007. “Quem empacou a última reunião da Rodada de Doha foram os Estados Unidos. Como eles estão em campanha legislativa, nada deverá acontecer até o final de novembro. Nem até o final do ano. A nossa expectativa para a reunião do G-20 é zero. Não há nenhum fato novo que tenha alterado o cenário”, avaliou Donizeti Beraldo.

A idéia do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de organizar o encontro do G-20 depois do fracasso das negociações no mês passado é mostrar ao mundo que a Rodada de Doha pode ser retomada. “O que fracassou agora em Genebra foi uma reunião. Eu não acredito que a Rodada de Doha tenha fracassado”, afirmou durante audiência no Senado Federal.

Entre os corredores do Itamaraty, é claro que o impasse é particularmente prejudicial aos países em desenvolvimento, visto que o setor agrícola, onde são em geral competitivos, continua a padecer de graves distorções e desequilíbrios provocados pelos tesouros nacionais dos países com excedentes de capital.

“Neste momento de crise, o G-20 deve atuar no sentido de buscar aproximar posições e de angariar o impulso político necessário para a continuidade dos trabalhos e negociações da Rodada Doha”, teria dito o ministro a interlocutores. “Os países em desenvolvimento precisam dar mostras inequívocas de mobilização e engajamento. Essa é a única forma de assegurar que a dimensão do desenvolvimento venha a ser efetivamente alcançada”, foi a justificativa usada pelo chanceler para convocar os demais países do G-20.

Parceira do Brasil nas negociações para redução de subsídios dos países desenvolvidos no âmbito da Rodada Doha, a Índia está se tornando um obstáculo para as ambições dos empresários brasileiros ligados ao agronegócio na questão de acesso a mercados, ou seja, na redução das tarifas de importação. Isso porque, enquanto o Brasil defende a diminuição dessas tarifas, visando ampliar o alcance de seus produtos, a Índia não apenas levanta a bandeira da manutenção das atuais tarifas, como busca elevá-las, para proteger seus agricultores.

A divergência, ao lado da resistência americana em cortar subsídios, é apontada como um dos principais entraves para o sucesso da Rodada pelo gerente-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Ícone), André Nassar. “Se o Brasil tivesse acesso a um número maior de mercados, os ganhos obtidos com o aumento no volume de vendas compensaria a manutenção dos subsídios”, disse.

Na opinião da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercados (Adebim), especializada em Mercosul, além da Índia, a China representa um novo entrave às negociações do G-20. “No caso dos asiáticos, a tarifa medida em agro é 15,8% e eles têm picos tarifários de 34% para grãos e 20% para café e açúcar, além das cotas tarifárias para óleo de soja e açúcar e também medidas sanitárias e fitossanitárias, que vão muito além do exigido pela OMC”, avalia o presidente da entidade, Michel Alaby.