Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 67,52 / kg
Soja - Indicador PRR$ 134,57 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 140,08 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,72 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,86 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,41 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,37 / kg
Ovo Branco - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 137,33 / cx
Ovo Branco - Regional Grande BH (MG)R$ 137,59 / cx
Ovo Vermelho - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 147,67 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande BH (MG)R$ 149,53 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,15 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 140,75 / cx
Frango Congelado - Indicador SPR$ 8,05 / kg
Frango Resfriado - Indicador SPR$ 8,04 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.192,33 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.042,79 / t
Ovo Vermelho - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 145,04 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 134,51 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 127,01 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,98 / cx

Comentário

O papel das pessoas nos programas de biosseguridade

Por Eva Hunka, Med. Veterinária, MSc em Medicina Veterinária Preventiva

O papel das pessoas nos programas de biosseguridade

No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente define Biosseguridade como: “O estabelecimento de um nível de segurança dos seres vivos por intermédio da diminuição do risco de ocorrência de qualquer ameaça a uma determinada população. Isto inclui tanto os riscos biológicos como também questões relacionadas à saúde pública ou ainda à segurança nacional. Um programa de biosseguridade é composto por um conjunto de princípios, normas, medidas e procedimentos de cuidados com a saúde e o bem-estar de uma população, o que inclui, naturalmente, o meio ambiente” (MMAB, 2006).

Nos dias atuais, frente a uma aproximação do vírus da Influenza Aviária, ocorrendo em outros países da América do Sul, o assunto “Biosseguridade” voltou a ser tema de debates e publicações. Parece que apenas agora tais medidas são importantes, mas este tipo de ação precisa ser perene, fazer parte da missão e valores de cada empresa, pois só quando tais medidas se tornarem rotina e que o programa estará definitivamente implementado.

Um programa de Biosseguridade, além de proteger a entrada do agente na propriedade, deve conter um plano de contingência, ou seja, caso a propriedade seja positiva para um determinado agente, o que fazer para que ele se mantenha apenas neste local e não se dissemine para outras propriedades e/ou regiões?

Para que este programa seja um sucesso, precisamos não apenas de investimento financeiro, mas de um programa de educação continuada, disciplina estratégica (pessoa certa no lugar certo e treinamento) e dedicação (engajamento, agir como dono do negócio, plano de incentivo e mais treinamento).  Neste ciclo, o que mais as empresas questionam, que é o investimento financeiro, mas sem os outros passos o investimento não adianta absolutamente nada!

A implementação de um programa de biosseguridade, passa por diferentes níveis, que vão desde a tomada de decisão da empresa em adotar um programa assim, passando pelos investimentos, que costumam ser significativos, até os níveis operacionais, e é impossível destacar qual seria o mais importante, pois todos precisam ser bem executados para garantia de resultados satisfatórios. Mas existe uma coisa em comum em todas as etapas: PESSOAS!!!

Pessoas que decidem por iniciar um programa de Biosseguridade, engajam equipes, têm disciplina, lideram mudanças e implementam conceitos. Dentro de um programa Biosseguridade, cada pessoa tem um papel fundamental e deve desempenhá-lo com maestria.

Sem o engajamento das pessoas, não existe nenhuma possibilidade de um programa de biosseguridade ser efetivo. De que adianta um arco de desinfecção que não é utilizado, uma cerca com um portão aberto, ou mesmo uma área limpa, não tão limpa? Estes programas são implementados, mas nunca são comunicados de forma clara. A comunicação de fato, se dá quando o interlocutor entende a mensagem, então falar, não é comunicar.

Usando os princípios da Andragogia, toda pessoa executa melhor qualquer tarefa quando ela entende, não só o como, não só o que, mas também o porquê de ela estar fazendo determinada tarefa. Será que quando pedimos para um funcionário trocar a cal do pedilúvio, ele sabe o porquê daquilo? As consequências que a negligência pode trazer para empresa? Sei que o tempo é um recurso finito, e estamos sempre com escassez deste recurso, mas investir tempo em comunicação, explicando o que, como e por que cada atividade deve ser executada, é um investimento de baixo risco e com um excelente retorno.

A comunicação deve ser clara e transcender os níveis hierárquicos, pois o melhor plano do mundo, sem comunicação e sem o engajamento das pessoas, sempre será um fracasso.