As vendas internas de carne suína, incluindo as variações sazonais típicas, tendem a ser relativamente estáveis ou a evoluir em taxas moderadas, segundo pesquisadores do Cepea. Com isso, quando se trata de demanda, a grande alteração que o setor experimenta vem mesmo das exportações. Por esse motivo, ainda que absorvam pequena parcela da produção nacional – em 2011, representaram 15% -, os embarques acabam tendo influência elevada na formação de preços tanto da carne quanto do suíno vivo. No correr deste semestre, os resultados estão abaixo do esperado, e o principal motivo é o embargo da Ucrânia, imposto no final de março. De janeiro a maio, foram exportadas 22 mil toneladas da carne suína in natura a menos que no mesmo período de 2012, segundo dados da Secex.
Porém, enquanto ucranianos e russos, vez ou outra, impõem barreiras à entrada da carne brasileira em seus países, outros compradores mostram cada vez mais interesse pelo produto nacional. Nesta semana, já foram divulgadas as plantas habilitadas a exportar para o Japão. Paralelamente ao ânimo que a abertura dos japoneses traz ao setor, agentes avaliam a possibilidade de a China também retomar mais intensamente as compras da carne brasileira, caso os grãos voltem a encarecer no mercado internacional.
No atacado da Grande São Paulo, após o ligeiro aquecimento da demanda no início de mês, os preços da carcaça já recuaram. Entre 6 e 13 de junho, a carcaça comum teve queda de 1,7%, com o quilo da carne passando para a média de R$ 4,44 nessa quinta-feira, 13. Quanto à especial, a desvalorização foi de 1,3%, a R$ 4,66/kg.
No mercado de suíno vivo, ainda ocorreram valorizações, especialmente em Minas Gerais – nesse estado, o cevado passou a ser negociado na média de R$ 3,16/kg nessa quinta, alta de expressivos 7,1% sobre a quinta anterior. Em São Paulo, a alta foi de 1% em sete dias, a R$ 2,97/kg. No Sul do País, houve aumento de 3% nas cotações do Rio Grande do Sul, onde o preço do suíno passou para a média de R$ 2,44/kg. Tanto em Santa Catarina quando no Paraná, a alta foi de ligeiro 0,4%, com o quilo do animal passando, respectivamente, para R$ 2,49 e R$ 2,60.
| Indicadores de Preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ | Carcaça Comum | ||||
| MG | SP | PR | SC | RS | SP |
06/jun | 2,95 | 2,94 | 2,59 | 2,48 | 2,37 | 4,52 |
13/jun | 3,16 | 2,97 | 2,60 | 2,49 | 2,44 | 4,44 |
Var. Semanal | 7,1% | 1,0% | 0,4% | 0,4% | 3,0% | -1,7% |
Preço recebido pelo produtor (R$/Kg), sem ICMS
Fonte: Cepea/Esalq.
Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/suino











