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Bioenergia

Usina de biometano em frigorífico reforça fomento do Governo de MS

Tratamento desse material orgânico gera 240 metros cúbicos de biometano por hora, o equivalente a 328 mil botijões de GLP (13 kg), por ano

Usina de biometano em frigorífico reforça fomento do Governo de MS

Em perfeita sintonia com a política do Governo do Estado de se tornar Carbono Neutro até 2030, as boas práticas de sustentabilidade no setor industrial estão ganhando terreno em Mato Grosso do Sul. Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), participou da inauguração da Usina de Biometano na Unidade Campo Grande II da JBS, em uma ocasião marcada na quarta-feira (30).

A visita foi acompanhada por Marcelo Dresch, gerente Corporativo de Meio Ambiente da JBS; Rogério Beretta, secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc; Mamiule de Siqueira, coordenadora de Energias Renováveis da Semadesc; Rui Pires dos Santos, diretor da MSGÁS; e Jason Willians, gerente comercial da empresa estadual de gás.

O secretário Jaime Verruck explicou: “Viemos conhecer de perto o modelo de produção de biometano utilizado nessa planta frigorífica da JBS e acionar a usina. Com a instituição do MS Renovável (Plano Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia), pelo governador Eduardo Riedel, a administração estadual fomenta a geração de energia solar, de biomassa, de biogás e do biometano. Aqui, vemos esse biocombustível produzido a partir de dejetos bovinos e revertido em energia que é utilizada nos processos industriais do próprio frigorífico.”

A usina, que já está em operação nas instalações da JBS em Campo Grande, recebe cerca de 500 metros cúbicos por hora de efluentes líquidos da planta industrial. O tratamento desses efluentes resulta na produção de 240 metros cúbicos de biometano por hora, o que é equivalente a 328 mil botijões de GLP (13 kg) por ano.

De acordo com a empresa, esse processo de geração contribui para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), evitando a disseminação de 42 mil toneladas de CO2 equivalente por ano. Além disso, a substituição de combustíveis fósseis evita a emissão de 4 mil toneladas de CO2 eq/ano. Para alcançar resultados comparáveis usando eucalipto, seriam necessários 262 hectares de floresta densa plantada, com 437 mil árvores.

A JBS investiu R$ 54 milhões na instalação de biodigestores, que transformam o metano emitido em suas operações industriais em biogás, uma fonte de energia renovável e limpa. A primeira fase desse projeto abrange as nove maiores unidades da Friboi, incluindo as instalações em Campo Grande e Dourados, Mato Grosso do Sul.

Os biodigestores capturam o metano emitido pelas operações da companhia e o transformam em biogás (biometano). Esse biocombustível é aplicado em três frentes: geração de vapor nas caldeiras das unidades, substituindo biomassa; geração de energia elétrica; e como combustível para a frota de transporte da JBS, substituindo o diesel ou em sistema híbrido. Essas aplicações contribuem para a redução das emissões diretas e do uso de eletricidade.