A disputa legal em torno da velocidade de processamento de aves nos Estados Unidos persiste, destacando preocupações tanto com o bem-estar animal quanto com a segurança dos trabalhadores.
Em 2018, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) concedeu isenções que permitem a algumas fábricas operar a uma velocidade de 175 aves por minuto, acima do limite padrão de 140 aves/minuto. Este aumento tem sido contestado por organizações como a Humane Society dos EUA, que argumentam contra os potenciais impactos negativos dessa prática.
O National Chicken Council defende que o aumento da velocidade da linha, estudado ao longo de 25 anos, não prejudica as aves ou a segurança dos trabalhadores. No entanto, a decisão do USDA de prorrogar as isenções até 15 de novembro de 2024 indica que mais análises serão realizadas antes de uma decisão final.
Um processo judicial contra o USDA, iniciado em 2020, encontrou um revés quando o Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia decidiu que os demandantes — incluindo a Humane Society dos EUA e a Mercy for Animals — não possuíam legitimidade para contestar as isenções de 2018, dada a mudança no cenário regulatório. No entanto, os demandantes foram autorizados a revisar sua reclamação, mantendo a questão em aberto.
A sentença inicial levantou questões sobre a precisão do processo de abate, incluindo o posicionamento das aves, a etapa de atordoamento e o corte da artéria carótida, que poderiam falhar em garantir que as aves avancem devidamente anestesiadas para as etapas seguintes.
A Humane Society e os demais demandantes responderam com uma queixa alterada, com uma conferência de caso agendada para junho, sinalizando a continuação da batalha legal em torno das práticas de processamento de aves nos EUA.