
Uma tecnologia amplamente utilizada pela indústria de carnes, mas ainda pouco conhecida pelo consumidor, tem garantido a segurança e a aparência dos produtos que chegam ao supermercado: a atmosfera modificada. A professora e pesquisadora Sandra Carvalho, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica de forma simples e direta como esse processo funciona — e desmistifica a ideia de que há aditivos químicos ou corantes envolvidos.
A técnica consiste em substituir o ar dentro da embalagem por uma combinação de gases naturais, como oxigênio, nitrogênio e gás carbônico. Cada um deles desempenha um papel fundamental: enquanto o oxigênio ajuda a manter o vermelho característico da carne fresca, o dióxido de carbono atua na redução do crescimento microbiano, prolongando a vida útil. Já o nitrogênio funciona como gás de equilíbrio, preenchendo o espaço sem causar reações indesejadas.
O resultado é uma carne com aspecto fresco por mais tempo, sem que isso comprometa a integridade do produto. “Não há uso de temperos, corantes ou químicos adicionais”, reforça a pesquisadora no vídeo. É apenas tecnologia aplicada em favor da segurança alimentar e da transparência com o consumidor.
Apesar de estar presente na rotina de quem compra carnes embaladas nos grandes mercados, muita gente ainda não sabe que essa técnica existe — ou sequer percebe como ela influencia positivamente o produto. A curiosidade levantada pelo vídeo reacende um debate importante: cada vez mais, o consumidor busca informação sobre o que está levando para casa. E entender a ciência por trás do alimento é parte desse processo.











