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Grãos

Queda dos grãos em Chicago é liderada por milho

Perspectivas favoráveis para o plantio do cereal nos EUA ajudam a pressionar as cotações

Queda dos grãos em Chicago é liderada por milho

O milho fechou o pregão de hoje (21/4) em queda na bolsa de Chicago. As incertezas sobre o cenário macro, combinadas com o clima bom para o andamento do plantio nos EUA, pressionaram os preços do cereal.

Com isso, os contratos para julho, que são os mais negociados no pregão, fecharam em queda de 1,72%, a US$ 6,1525 por bushel. Na semana que vem, o Federal Reserve, o banco central americano, deve definir novos rumos para a política monetária do país. Entre os investidores, há o sentimento de que os juros devem continuar subindo para controlar a inflação.

Diante desse cenário, Karl Setzer, da Mid-Commodities, diz que os compradores preferem guardar posições e não arriscar novos negócios em Chicago.

Já a consultoria Agrinvest destaca que a tendência de queda dos preços só deve ser revertida em caso de atraso no plantio de milho dos EUA. No entanto, a previsão para os próximos dez dias aponta para condições favoráveis para a semeadura.

Trigo

O trigo fechou em queda pela terceira sessão consecutiva. Os papéis do cereal para julho, os mais líquidos, caíram 1,03%, a US$ 6,73 por bushel. As condições de clima para os cultivos de inverno nos EUA melhoraram, principalmente no Kansas, maior Estado produtor, o que pressiona as cotações.

Além disso, grandes fornecedores, como Rússia e Austrália, deverão colher safras recordes neste ano, segundo Jack Scoville, do Price Futures Group. Na próxima semana, a Rússia deve se reunir com a Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o acordo que autorizou a Ucrânia exportar grãos via Mar Negro. Os russos estariam insatisfeitos com as condições do entendimento e ameaçam rompê-lo antes do período acertado anteriormente, no dia 19 de maio.

Soja

A soja também desvalorizou-se. Os contratos para julho, os mais líquidos em Chicago, fecharam em queda de 1,33%, a US$ 14,49 por bushel.

Assim como acontece no milho, o mercado está retraído com a possibilidade de uma nova alta de juros nos EUA, e também com a previsão do tempo favorável para o avanço da semeadura americana da safra 2023/24.