A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu uma capacitação online do Projeto Agro.BR sobre a identificação de oportunidades de negócios internacionais. O Agro.BR é uma iniciativa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), visando auxiliar pequenos e médios empreendedores rurais na internacionalização de seus produtos.
A aula, ministrada pelo consultor do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx) e professor da USP/Esalq, Maurício Manfre, teve como objetivo orientar produtores rurais, pequenas indústrias e cooperativas agrícolas sobre o processo de acesso ao mercado externo.
Manfre enfatizou que os primeiros passos para iniciar a exportação incluem avaliar se o produto tem demanda internacional, se há capacidade produtiva suficiente para atender a mais demanda, se atende às normas técnicas, sanitárias ou fitossanitárias brasileiras, e se o produtor tem disponibilidade de recursos financeiros para a promoção comercial.
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Ele ressaltou a importância da área comercial no processo de exportação, pois conseguir clientes é crucial. Ter disponibilidade de recursos financeiros para a promoção comercial e investir na participação de feiras e eventos internacionais também foram destacados como aspectos relevantes para o sucesso na exportação.
O consultor ressaltou aos empresários que o cooperativismo pode ser uma solução para iniciar a exportação. Ele destacou que a união de pequenos produtores amplia a capacidade produtiva e compartilha os custos da promoção, enquanto a criação de uma identidade comercial única pode impulsionar as vendas. Além disso, a centralização da coordenação de vendas internacionais pode garantir o sucesso nas exportações.
Durante a capacitação, Maurício explicou que outra questão fundamental antes de iniciar o processo de exportação é a análise das características do produto de interesse. Os empresários precisam conhecer o produto e sua descrição comercial, as variáveis, classificação fiscal e embalagem principal.
O consultor enfatizou a importância da embalagem primária, especialmente nos casos em que os produtos são elaborados para venda direta ao varejo. Ele destacou que a embalagem é uma etapa relevante no processo de internacionalização.
Manfre abordou também a necessidade de conhecer o mercado-alvo e os hábitos dos consumidores locais, ressaltando que isso é fundamental para a análise de adequação do produto. Ao final da aula, ele discutiu sobre as tarifas de importação nos países.
