
A África do Sul impôs uma tarifa antidumping sobre o frango importado do Brasil. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) rechaçou a medida e disse que já foi comprovado que os exportadores não praticam dumping — vendas abaixo do preço de mercado para prejudicar a concorrência — em nenhum mercado.
Como lembrou a ABPA, a investigação sul-africana começou em fevereiro do ano passado e envolveu também exportadores da Irlanda, Espanha, Polônia e Dinamarca. Agora, foram impostas tarifas adicionais às taxas de importação do produto até o fim de junho.
“O governo brasileiro, a ABPA e as empresas exportadoras se manifestaram formalmente nos autos do processo no último dia 17 de janeiro e, neste momento, se está avaliando a estratégia a ser seguida a partir de agora”, informou a associação.
Esta é a segunda vez que a África do Sul impõe medidas protecionistas contra as exportações brasileiras de carne de frango. Em 2011, o país africano também adotou tarifas adicionais. À época, o Brasil moveu consultas bilaterais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que confirmou a ausência de dumping.
A ABPA destacou que a relação comercial entre os dois países é longa e sólida, e disse esperar que as autoridades sul-africanas revertam a decisão que “impacta, diretamente, os consumidores daquele país em um momento difícil para a segurança alimentar global, em plena pandemia”.
Segundo a entidade, a África do Sul é o quinto principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, com compras que chegaram a 297 mil toneladas no ano passado.











