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Comentário Suíno

Demanda externa e baixa oferta para abate valorizam suíno vivo

Os preços do suíno vivo atingiram recordes nominais nesta semana nos mercados independentes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Os preços do suíno vivo atingiram recordes nominais nesta semana nos mercados independentes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004. As valorizações são explicadas pela baixa oferta de animais prontos para abate e pela demanda, especialmente a externa, aquecida. Segundo pesquisadores do Cepea, ao longo do primeiro semestre, os baixos valores pagos pelo animal fizeram com que produtores ofertassem um volume maior de cabeças para manutenção da atividade. Atualmente, os animais ainda estão com peso abaixo do ideal para abate, restringindo a quantidade ofertada. Além disso, alguns produtores relatam que houve uma redução no plantel de matrizes no ano passado, e os efeitos estariam sendo sentidos no setor neste semestre. Do lado da demanda, a melhora das exportações de carne suína tem estimulado frigoríficos sulistas a elevar as compras no mercado independente. Particularmente em Santa Catarina, colaboradores do Cepea comentam que as negociações com o Japão seguem favoráveis. Já o consumo interno permanece relativamente estável, limitado pelos preços elevados de venda da carne no atacado nacional.

Entre 19 e 26 de setembro, o Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ subiu 4,2% no Paraná, onde o quilo do animal passou a ser comercializado na média de R$ 3,22 nessa quinta-feira. No Rio Grande do Sul, o preço médio foi de R$ 3,01/kg e em Santa Catarina, de R$ 3,07/kg, altas de 2,7% e 2%, respectivamente, no período analisado. No Sudeste, o suíno valorizou 2,9% em Minas Gerais nos últimos sete dias e 2,2% em São Paulo – nesses estados, as médias de preços passaram para R$ 3,86/kg e R$ 3,68/kg, nesta ordem. 

No atacado da Grande São Paulo, a cotação da carcaça especial suína subiu 2,2% entre os dias 19 e 26, passando para a média de R$ 5,78/kg nessa quinta-feira, 26. Já a carcaça comum apresentou pequena queda de 0,8% no mesmo intervalo, para R$ 5,42/kg.

 

Indicadores de Preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ

Carcaça

Comum

Carcaça

Especial

 

MG

SP

PR

SC

RS

SP

SP

19/set

3,75

3,60

3,09

3,01

2,93

5,47

5,66

26/set

3,86

3,68

3,22

3,07

3,01

5,42

5,78

Var. Semanal

2,9%

2,2%

4,2%

2,0%

2,7%

-0,8%

2,2%

Preço recebido pelo produtor (R$/Kg), sem ICMS

Fonte: Cepea/Esalq. 

Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/suino