Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,42 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,10 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,94 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,31 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,29 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,12 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,72 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.041,80 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 121,24 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

Mercado Interno

Demanda russa por carne já favorece indústria frigorífica em MS

A crise entre a Rússia, os EUA e a União Europeia favorece as exportações de carnes do Estado com o aumento do número de plantas aptas a venderem para o mercado russo.

Demanda russa por carne já favorece indústria frigorífica em MS

A restrição da Rússia à compra de carnes da União Europeia e dos Estados Unidos em função da crise na Ucrânia aliada à decisão russa de abrir as importações de carne suína, bovina e de frango do Brasil com o credenciamento de 80 frigoríficos brasileiros já está gerando oportunidades de negócios para as indústrias sul-mato-grossenses.

De acordo com o presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Ivo Cescon Scarcelli, essa crise entre a Rússia, os EUA e a União Europeia favorece, sem dúvidas, as exportações de carnes do Estado, principalmente, com o aumento do número de plantas aptas a venderem para o mercado russo.

Apesar de as estatísticas oficiais ainda não revelarem, pois apenas em agosto entraram em vigor as medidas anunciadas pelo governo russo e o reflexo só será sentido a partir de setembro, o aumento da demanda da Rússia já sustenta os preços das carnes brasileiras, principalmente, de aves e suínos.

Atualmente, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems, de janeiro a agosto deste ano, a Rússia já é o principal destino do Complexo Frigorífico do Estado, respondendo por 31,9% dos US$ 819,4 milhões de receita de exportação total do grupo, enquanto, no mesmo período do ano passado, esse percentual era de 17,9% sobre receita de US$ 692,3 milhões.

Além disso, ainda de acordo com o Radar da Fiems, de janeiro a agosto deste ano, a receita das vendas para a Rússia chegou a US$ 261,4 milhões contra US$ 123,6 milhões do mesmo período de 2013, representando um crescimento de 111,4%, sendo que o volume também mais que dobrou, saindo de 31,6 mil toneladas para 64,7 mil toneladas, um aumento de 104,7%.

Ou seja, antes mesmo do início do embargo às carnes provenientes dos Estados Unidos e da União Europeia, as compras russas já lideram as receitas de exportação do Complexo Frigorífico do Estado, possibilitando prever que, a partir de setembro, a expansão será ainda mais expressiva.

“As sanções russas já favorecem o Brasil e o mercado responde bem. Em setembro, já notamos um aumento nas vendas em relação a agosto, quando foi aberto o mercado na Rússia para novos estabelecimentos”, comentou Ivo Scarcelli.

O gerente-geral da planta do JBS localizada na saída para Sidrolândia, Jair Azevedo, também compartilha da mesma opinião. “Já tínhamos detectado um aumento nas exportações no período de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, mas, com as medidas anunciadas pelo governo russo, a partir de outubro, devemos registrar um crescimento maior, com a assinatura de novos contratos”, declarou.

Jair Azevedo acrescenta ainda que a previsão é de que essa alavancada no comércio de carne para a Rússia perdure por pelo menos mais uns 12 meses, contribuindo para o aumento nas exportações. “Esse aumento da demanda é temporário e deve durar o tempo do conflito da Rússia com a Ucrânia”, analisou.